29/09/2025 as 09:41
ENTREVISTAÀ frente de um projeto que revolucionou a forma de pensar a atividade física em Sergipe, Felipe introduziu o conceito de Social Fitness, unindo saúde, bem-estar e senso de comunidade.
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
Setembro é um mês especial para Felipe Garcez. O personal trainer, nutricionista e mestre em Ciências da Nutrição comemora não apenas um novo ciclo pessoal, mas também 15 anos de uma jornada profissional marcada por inovação e propósito. À frente de um projeto que revolucionou a forma de pensar a atividade física em Sergipe, Felipe introduziu o conceito de Social Fitness, unindo saúde, bem-estar e senso de comunidade em um só espaço. Referência no segmento, ele transformou o olhar sobre os cuidados com o corpo e a mente, criando experiências que vão além do treino convencional. Nesta entrevista, Felipe compartilha os aprendizados de sua trajetória, os pilares do seu trabalho e o que vem por aí nos próximos capítulos de sua carreira.
JC SOCIAL – Sua trajetória acadêmica e profissional reúne formações em Educação Física, Nutrição e um mestrado em Ciências da Nutrição, além da experiência como empreendedor. De que forma esses caminhos se entrelaçaram até culminar na criação da Cacto Experience?
FELIPE GARCEZ - A ciência sempre esteve presente na minha trajetória. Tudo começou com a paixão pelo exercício e pelo movimento, que me levou à Educação Física. Depois vieram a Nutrição e o mestrado, que reforçaram a importância de unir
saúde e gestão. Com essa bagagem acadêmica e a experiência no empreendedorismo, percebi a necessidade de focar cada vez mais na pessoa. A Cacto nasce desse somatório: conhecimento técnico e visão de negócio para proporcionar uma experiência única ao aluno.
JC SOCIAL – A Cacto consolidou o conceito de Social Fitness, reunindo modalidades esportivas e serviços em um só ambiente. Como surgiu essa proposta inovadora e quais foram os maiores desafios para transformá-la em realidade?
FG - Sempre pensei em oferecer uma experiência de verdade. A ideia foi criar um espaço onde o aluno pudesse resolver várias necessidades em um só lugar, como treinar, tomar um café, cuidar do corpo, jogar beach tennis ou futevôlei, até fazer a
barba. Um ecossistema que alia comodidade e acolhimento, para que o aluno se sinta em casa. O desafio é justamente fazer o modelo ser viável, mas a aceitação foi e é surpreendente. Hoje, muitos chamam a Cacto de “segunda casa”.
JC SOCIAL – O método E.S.T.E. (Entender, Surpreender e Tornar Especial) se tornou a espinha dorsal da marca. O que inspirou sua criação e de que forma ele se reflete no dia a dia dos treinos e no relacionamento com alunos e equipe?
FG - O método nasceu da percepção de que, para entregar uma experiência verdadeira, não bastava pensar apenas no aluno, eu também precisava olhar para a minha equipe. Não adianta pensar apenas na experiência do cliente se os profissionais não são valorizados. Então, buscamos entender as pessoas que estão ao nosso redor, surpreendê-las e torná-las especiais. Isso vale para o time e para os alunos, porque só assim conseguimos entregar algo realmente significativo, que faça sentido para cada um.
JC SOCIAL – Com três unidades em funcionamento, incluindo a experiência no interior sergipano, a Cacto dá sinais de expansão. O que esse crescimento representa para você e quais os próximos horizontes para a marca?
FG - A Cacto Sertão foi aberta recentemente e funciona como um piloto. A ideia era testar como a gestão se comportaria fora do meu alcance físico direto e entender os desafios desse novo formato. Estamos com pouco mais de seis meses de operação
e os resultados têm sido muito bons, acima até do esperado. Se os números se confirmarem, há grande chance de expandirmos para outras cidades de Sergipe e, quem sabe, para o Nordeste.
JC SOCIAL - Recentemente, você declarou sua intenção de se tornar um “influencer do estúdio de personal” e reforçou sua crítica ao modelo das academias “FIT”. Quais razões sustentam essa escolha e, na sua visão, o que distingue o estúdio de personal desse formato convencional?
FG -O estúdio de personal é, antes de tudo, sobre respeito à individualidade das pessoas. Nós, profissionais, passamos anos estudando saúde e movimento. E esse conhecimento só pode ser realmente aplicado em um espaço que permita atenção
individualizada. No modelo “FIT”, que virou tendência, isso é praticamente impossível: as pessoas entram em uma rotina massificada, sem orientação, muitas vezes “gastando energia” sem alcançar resultados. No estúdio de personal, cada
treino é planejado, cada objetivo é considerado, e a pessoa sabe que o investimento que faz — de tempo e de dinheiro — está realmente voltando em saúde. Eu sou defensor desse formato porque acredito que ele valoriza aquilo que temos de mais
precioso: o tempo. E não dá mais para desperdiçar tempo com métodos que não funcionam.