04/09/2019 as 12:41

FORMAÇÃO

Curso de Engenharia Civil da Região Sul completa 5 anos

Principais conquistas são reconhecimento do MEC com conceito 4 e formação de profissionais qualificados

COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Curso de Engenharia Civil da Região Sul completa 5 anos

Pioneiro na Região Sul do Estado, o curso de Engenharia Civil do Instituto Federal de Sergipe (IFS) – Campus Estância completa cinco anos. Apesar do curto período, as conquistas são significativas: o reconhecimento do Ministério da Educação (MEC) com conceito 4, o desenvolvimento de projetos de pesquisa e extensão que fazem uma interlocução com o mercado e a sociedade, a estruturação de um corpo docente capacitado e engajado, e a formação de profissionais qualificados, éticos e comprometidos com as questões socioambientais.

Atualmente, estão matriculados 171 alunos, entre os quais 74 mulheres, que representam 43% do total. O protagonismo feminino numa área tradicionalmente dominada por homens foi uma marca desde os primórdios do curso, que começou em abril de 2014 com uma turma de 40 estudantes e 50% de mulheres. Acabam de se formar seis jovens engenheiros, que colaram grau na noite da última quinta-feira, dia 29 de agosto, em solenidade no auditório do Campus Estância. A próxima turma encerra o último período no final de 2019.

Segundo o professor Carlos Mariano, que coordenou o curso até julho deste ano, o IFS – Campus Estância acaba de entregar ao mercado profissionais de excelência para atender às demandas da Região Sul, de Sergipe e do País. “O curso, por meio dos projetos de extensão, da empresa júnior Sercivil e do Escritório Modelo de Arquitetura e Engenharia, o Emae, tem proporcionado ações para suprir as demandas habitacionais e da construção civil, demonstrando o quanto tem a oferecer à sociedade”, ressaltou.

Carlos Mariano acredita que os próximos desafios são no sentido de garantir os investimentos necessários rumo à consolidação. “Precisamos estruturar e melhorar as condições de alguns laboratórios para continuarmos evoluindo e propiciando ensino de qualidade, contratar novos docentes, fomentar cursos para a qualificação e a ampliação dos projetos de pesquisas e extensão. Dessa maneira, alcançaremos as bases da educação superior”, ponderou.

 

Pioneiros

Para o professor Herbet Alves de Oliveira, primeiro coordenador da história do curso, é perceptível a expressiva evolução dos alunos, dos grupos de pesquisa, da estrutura e do ensino ofertado em apenas cinco anos. “O curso é excelente, e creio que vai melhorar ainda mais. Precisamos atender às demandas do mercado, que cada vez mais exige profissionais polivalentes, sobretudo com o advento dos softwares. Outro desafio é cobrirmos a lacuna entre o ensino médio e a entrada no curso superior para que reduzamos a desistência e a reprovação”, avaliou.

Os avanços conquistados num curto espaço de tempo são reconhecidos pelos pioneiros, que superaram as dificuldades iniciais e obtiveram uma formação de excelência. “É notório o comprometimento desde a direção do campus até os professores em não apenas formar novos engenheiros, mas em formar profissionais éticos, com visão reflexiva, sensíveis a questões ambientais e sociais, sendo isso transparecido nas atividades de pesquisas e de extensão desenvolvidas”, destacou Kevin Azevedo Assunção, 23 anos, que acaba de se formar.

A colega de turma Sarah Raquel Araújo, 23 anos, considera que os percalços do início trouxeram aprendizados pessoais e, especialmente, profissionais. “O nervosismo dos primeiros TCCs, a avaliação do MEC, todas as visitas técnicas, entre outros momentos, construíram, hoje, o curso de Engenharia Civil. Mas nada disso aconteceria sem os mestres que acreditam na educação. Somos os primeiros seis graduados pelo IFS – Campus Estância, que promete uma leva de excelentes engenheiros, pois a dedicação e a responsabilidade são mútuas”, afirmou.

Com o reconhecimento do Ministério da Educação, o IFS – Campus Estância entra no ranking dos cursos de Engenharia Civil considerados de ponta no ensino público. A pontuação atribuída pelo MEC foi alta em função da ótima infraestrutura, com destaque para a biblioteca, e do corpo docente qualificado. "Os avaliadores elogiaram, sobretudo, o engajamento e a visão integradora dos professores, a união da equipe e o ambiente de trabalho motivador. A formação dos nossos alunos é diferenciada e oferece as bases para a construção de trajetórias profissionais bem-sucedidas”, afirmou Sônia Albuquerque, diretora do Campus.