02/07/2021 as 08:34

ARQUITETURA

Decoração lúdica: diversão e criatividade para as crianças

Esses espaços auxiliam os processos de desenvolvimento dos pequenos

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Estar em ambientes modernos, aconchegantes e inovadores já deixa maravilhado qualquer pessoa. Imagine um lugar pensado e projetado para aguçar a imaginação das crianças, com muita fantasia, alegria e ainda promover a identificação com o ambiente. É assim a decoração lúdica. Sabe quando entramos em um lugar e nos sentimos bem? Trabalhar espaços lúdicos é uma busca por essa sensação de bem-estar, de estímulo, do fator surpresa.

Esses espaços nos fazem interagir com os elementos arquitetônicos, com os objetos, com os temas, aguçam a curiosidade, e auxiliam os processos de desenvolvimento e aprendizagem. Para a arquiteta Andréa Galindo, contar com uma decoração lúdica não só cria um ambiente confortável para a criança, mas permite que ela se identifique com o espaço e aprenda com tudo ali.

“A arquitetura tem papel fundamental ao criar esses ambientes, espaços físicos que podem ser projetados em residências, como quartos, brinquedotecas e salas de jogos ou serão base para o trabalho de outros profissionais que ali devem desenvolver suas atividades”, disse a arquiteta. Seu mais recente projeto lúdico foi a Clínica Soul Happy. “Trabalhar no projeto dessa clínica foi um processo maravilhoso. As sócias Ana Luisa Tavares e Kátia Souto já tinham em mente uma clínica diferente do padrão que estamos acostumados, especialmente para ser adequada ao tipo de tratamento que é desenvolvido. Então foi um projeto muito discutido em cada detalhe. Elas trouxeram a ideia de elementos centrais e coube a mim adequar as áreas e fazer o dimensionamento e integração dos ambientes, agregando a parte técnica e transformando as ideias em projeto”, comentou ela.

O projeto da clínica é um sucesso, as crianças receberam um espaço acolhedor, estimulante e atraente promovendo maior interesse pelo local, onde se envolvem com o ambiente desde a chegada a clínica até o atendimento. “Acredito que na arquitetura primeiro temos a função, ou seja, o espaço deve estar adequado à atividade que ali será desenvolvida e em seguida entramos com a parte estética. O tratamento exigia várias áreas para que as crianças praticassem atividades e então fomos incorporando alguns elementos. Os principais são a árvore na recepção com um painel de parede que remete a uma floresta, a entrada das crianças no consultório a partir de uma escada, passando por um túnel e descendo/escorregando por um mastro, a “casinha” junto à porta do consultório infantil onde estão os brinquedos que podem ser adquiridos a cada etapa de avanço no tratamento e o espaço miofuncional, onde temos parede de escalada, cesta de basquete, pula-pula, vídeo game e espelho. E um desafio, agregar a tudo isso mais duas salas de atendimento para público adulto, em harmonia com a clínica como um todo. Acredito que acertamos”, comemora a arquiteta.