09/07/2018 as 13:48

Porto da Folha

Morador denuncia que Prefeitura não libera ambulância para pegar paciente

Um morador do município de Porto da Folha, denunciou o atendimento que é dado pela prefeitura aos pacientes que são levados para o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse).

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Morador denuncia que Prefeitura não libera ambulância para pegar pacienteFoto: Andre Moreira/Equipe JC

Um morador do município de Porto da Folha, denunciou o atendimento que é dado pela prefeitura aos pacientes que são levados para o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) e que após a alta médica precisam retornar para suas residências e acabam ficando dias no hospital.


Segundo informações passadas pelo senhor José Azevedo, que fez a denúncia, “no ultimo dia 29 Junho de 2018, o paciente Mikson, residente no Povoado Lagoa Redonda, que estava internado no HUSE, devido a um acidente automobilístico, recebeu alta às 7:00 da manhã. A assistente social do HUSE, ligou para o hospital de Porto da Folha solicitando uma ambulância para ir buscar o paciente, que só poderia ser transportado em uma ambulância, mas o diretor do hospital falou que só poderia libera a ambulância se aparecesse outro paciente para levar para Aracaju, ai trazia ele”, conta o denunciante.


Ainda segundo ele, na mesma tarde, a assistente social voltou a telefonar pedindo que fossem pegar o paciente que estava de alta, mas isso também não foi atendido. “Por volta das 16:30 a assistente social tornou a ligar para o hospital, e diretor falou que o município só dispõe de duas ambulâncias,uma estava com a marcha ré quebrada e a outra estava a disposição do hospital. Se aparecesse algum paciente para Aracaju, pegava o paciente na volta. Por volta das 19:45 eu liguei para o diretor do hospital,ele tornou a falar que só poderia liberar a ambulância  se aparecesse outro paciente para Aracaju, eu falei que não precisava mais”, lamentou.


Ao final, José Azevedo diz que uma enfermeira teria denunciado que a prefeitura “é de costume não pegar os pacientes que estão em alta”. Ele conta que para levar o paciente de volta para sua casa foi preciso o auxílio de um veículo de um amigo. “Perguntei a enfermeira se poderia levar ele em um carro particular, ela falou que sim, o senhor Valmir retirou o banco traseiro do carro, colocou um colchão como se fosse uma ambulância e veio pegar o paciente. Segundo uma enfermeira que não quis se identificar, já é de costume, a prefeitura não mandar ambulância, para pegar os pacientes do município”.

 

Nota de esclarecimento

 

Considerando que:


Porto da Folha é o 3º maior município de Sergipe, com 12 grandes povoados e com quase 30 mil habitantes, que hoje têm, não apenas 4, mas 11 equipes do PSF para atendê-los;


Quem vai ao nosso hospital encontra médicos todos os dias, não faltam medicamentos, o CAPS funcionando, unidade médico odontológico ( ônibus) para atender nos povoados, transporte para pacientes para tratamento fora do domicílio, exames patológicos.


Melhoramos o nossos serviços de Saúde, somos referência na região, e isso tem atraído pacientes de outros municípios sergipanos e até de Alagoas, E todos recebem o atendimento adequado;


Mas, temos apenas 2 ambulâncias para atender a toda a população e, por isso, perguntamos: quem deve ter prioridade no uso das nossas 2 ambulâncias? Pacientes já assistidos e de alta-médica ou aqueles que estão precisando de atendimento médico imediato, urgente?;


Se enviar um veículo vazio para pegar um paciente de alta em Aracaju, ficaríamos descoberto por 6 horas ou mais, saindo 5 da manhã e chegando ao meio dia, com certeza neste espaço de tempo tem 99 % de chances de precisar deste veículo para atender algo, o que ocorre diariamente, este mesmo veículo leva este paciente atendendo a emergência e retorna com o paciente de alta, Esse questionamento se faz necessário para esclarecermos notícia veiculada na mídia e que não expõe a verdade dos fatos.


Nossa cidade está a aproximadamente 200 quilômetros distante da capital. São, no mínimo, 6 horas para ir e voltar. Mas, nunca deixamos de levar e trazer os munícipes que necessitaram se tratar em Aracaju, mesmo com apenas 2 ambulâncias;


O que não podemos é deixar de prestar socorro para quem está com a vida em risco, e necessita de transporte imediato, para ir buscar um paciente que recebeu alta médica e cuja saúde não está mais ameaçada. E foi isso que aconteceu no último dia 29 de junho, quando tivemos uma grande demanda devido a um acidente automobilístico na região;


Sabemos do nosso compromisso com o nosso povo e pedimos a compreensão de todos para situações como essa.


E, ao mesmo tempo, afirmamos que aqui Saúde é prioridade e direito de todos de forma igualitária.

 

(Nota da Prefeitura)