Laudo pericial deve apontar causa das três mortes em Riachão do Dantas

Ascom/SSP

A Polícia Civil deu início às investigações para apurar a causa da morte de três homens no Povoado Vivaldo, no Município de Riachão do Dantas, entre a segunda-feira, 21, e a terça-feira, 22.

As vítimas foram identificadas como José Luiz da Silva, José Carlos dos Santos e Marcos Silva Florenço. Segundo informações preliminares, eles teriam ingerido cachaça supostamente envenenada. Além deles, outro homem segue internado em um hospital do Município de Estância.

“Entrevistada, a esposa desse indivíduo, que tem aproximadamente 50 anos, mencionou que ele havia ingerido cachaça em um bar. A médica já ia entregar o atestado de óbito, porque imaginou que era uma causa natural. Quando a esposa disse isso, ela achou estranho e entrou em contato conosco aqui na delegacia”, explicou o delegado responsável pela investigação, Alisson Lial.

Ele detalha a investigação: “Quando foi hoje, dia 22, na primeira hora do dia, os policiais se dirigiram ao povoado e fizeram os primeiros levantamentos nesse estabelecimento. O que ocorre é que outras três pessoas já haviam ingerido essa mesma cachaça, que é adquirida de um alambique e faz uma mistura com algumas cascas de barbatimão e jatobá. Após isso, a proprietária serviu tanto para o indivíduo quanto para mais outras três pessoas. Na madrugada, um senhor fez a ingestão, José Luiz da Silva, que faleceu, e também o senhor Carlos Sebastião dos Santos, que a gente ainda não tem o indicativo de que ele tenha feito a ingestão dessa cachaça, mas é do mesmo povoado. Isso está sendo investigado”, pontua a autoridade policial.

O diretor do Instituto Médico Legal (IML), Victor Barros, informou que as amostras coletadas foram enviadas ao Instituto de Análise e Pesquisa Forense (IAPF) e em breve devem identificar as substâncias presentes no material coletado.

“Fizemos o exame necroscópico padrão, foram identificados sinais de envenenamento e foram coletadas amostras de fluidos biológicos para serem analisadas e constatarem qual foi a substância específica adicionada à bebida, ou, de repente, alguma outra substância que esteja num nível acima do tolerado pode ter levado à morte desses três indivíduos”, esclareceu Victor.

Por fim, o delegado afirma que já ouviu diversas testemunhas, inclusive a proprietária do estabelecimento, e aguarda o resultado do exame pericial para a conclusão do inquérito.

“As oitivas estão sendo feitas em delegacia para a gente analisar essa parte pericial com a parte fática. A dona do estabelecimento comercial que vendeu essa bebida alcoólica já foi ouvida, inclusive ela já vende há muitos anos essa mesma cachaça. Eu tenho vítima internada que passou mal após a ingestão dessa bebida alcoólica, inclusive a própria dona do bar e a irmã dela também passaram mal após ingerir essa bebida”, finaliza Alisson Lial.

|Da equipe JC

||Fotos: Ascom/SSP