16/11/2020 as 08:23

EM SOCORRO

Em meio à pandemia, produção de camarão deve superar expectativas

Em Sergipe, o município que vem se destacando ao longo dos últimos anos é o de Nossa Senhora do Socorro que, atualmente, figura como o maior produtor de camarão do Estado

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A carcinicultura, que é uma atividade de criação em viveiros, tem crescido significativamente no Nordeste. Em Sergipe, o município que vem se destacando ao longo dos últimos anos é o de Nossa Senhora do Socorro que, atualmente, figura como o maior produtor de camarão do Estado com cerca de mil toneladas por ano, conforme aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mesmo em tempos de pandemia a expectativa do município é que a produção deste ano seja recorde, vez que durante este período foi constatado um aumento na demanda. “Apesar do momento difícil que estamos vivendo, não deixamos de auxiliar os carcinicultores de Socorro e desde o início da pandemia tomamos todos os devidos cuidados, tanto com os nossos técnicos que estão prestando assistência, quantos com os produtores.

Durante esse período percebemos um aumento na procura, isso se deve ao isolamento e até mesmo ao auxílio emergencial do Governo Federal”, declarou o secretário de Agricultura, Irrigação e Pesca do município, David Fernandes Lopes. Ainda de acordo com o secretário, a assistência técnica fornecida pela Prefeitura de Socorro aos produtores como forma de incentivo a atividade, tem sido fundamental para o crescimento da produção e comercialização. “Temos carcinicultores que dependem totalmente desta atividade, e é por isso que nossos técnicos prestam auxílio a esses socorrenses. Realizamos todo o acompanhamento que vai desde análise da água, biometria do camarão, avaliação do manguezal, à observação da fauna e flora”, detalhou o secretário.

O município possui cerca de 600 viveiros que estão concentrados, principalmente, nas regiões dos povoados Calumbi, Porto Grande, nos conjuntos do Marcos Freire 3, Fernando Collor, e nos complexos Taiçoca. Atualmente Socorro concentra cerca de 30% da produção sergipana de camarão, na qual em torno de 150 famílias sobrevivem exclusivamente da atividade. Desde 2017 a carcinicultura é reconhecida como atividade agrossilvipastoril de relevante interesse social e econômico, especialmente após o sancionamento da lei 8.327 do Governo do Estado, que estabelece as condições para o desenvolvimento sustentável deste tipo de iniciativa.