22/05/2022 as 12:52
BARRA DOS COQUEIROSA gestão municipal não abre mesa de negociação e os docentes imploram para que Alberto Macedo os receba para negociar o pagamento da atualização do piso salarial de 2022
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Essa semana foi bastante tumultuada no município da Barra dos Coqueiros. Trabalhadores da rede do município foram às ruas e fizeram barulho para chamar a atenção do prefeito Alberto Macedo e deixar a população ciente da triste realidade que eles vivem nas escolas do município. Na última quarta-feira, segundo dia de paralisação, a categoria realizou uma caminhada, saindo do trevo de entrada do município até a prefeitura, e dialogou com os moradores.
A gestão municipal não abre mesa de negociação e os docentes imploram para que Alberto Macedo os receba para negociar o pagamento da atualização do piso salarial de 2022. Vale lembrar que os professores deveriam ter recebido a revisão em janeiro, conforme preconiza a Lei Nacional 11.738/2008. Mas, não é só o direito dos docentes que vem sendo negado, os filhos de trabalhadores da Barra dos Coqueiros matriculados nas escolas municipais também têm sofrido com o descaso dedicado à educação pela gestão do prefeito Alberto Macêdo.
Os professores denunciam que as escolas municipais precisam de reforma urgente; a alimentação escolar é insuficiente; falta material pedagógico e didático para professores trabalharem em sala de aula; reformas paradas e estudantes sem aulas; falta material de limpeza e álcool; ônibus escolares precisam de manutenção; todas as escolas precisam de biblioteca; a rede elétrica de todas as escolas precisa ser trocada para que os aparelhos de ar-condicionado (que já foram comprados) sejam instalados. E, para completar a lista de denúncias, a prefeitura ainda comprou livros didáticos desatualizados, que não cumprem com a BNCC. “São muitos os problemas que enfrentamos na Barra do Coqueiros. Já estamos no mês de maio e a gestão municipal até agora não apresentou proposta para o pagamento da atualização do piso de 2022.
As escolas estão em situação precária o que prejudica o processo de ensino e aprendizagem. A alimentação escolar é insuficiente, muitos professores se cotizam para comprar temperos; muitos professores tiram do próprio bolso para comprar materiais para suas aulas. Temos mais de 200 alunos que ainda não estão estudando por conta da reforma de escola parada. Estamos vivendo um cenário de abandono, por isso paralisamos nossas atividades. O Sintese está aberto ao diálogo e a negociação. Esperamos que o prefeito Alberto atenda às nossas demandas: valorize professores e respeite nossos direitos e também dos nossos estudantes”, cobra a delegada Sindical da Barra dos Coqueiros, professora Márcia Hora.
O JORNAL DA CIDADE procurou a Prefeitura da Barra dos Coqueiros para o seu direito de resposta às denúncias dos professores e questionou se o prefeito Alberto Macêdo pretende receber a categoria. Através de nota enviada pela Assessoria de Comunicação, o gestor informou que é solidário aos professores, estuda a situação e entende o papel do Sindicato, entretanto, solicita aos professores um pouco mais de paciência para aguardar a conclusão dos estudos e apresentar a proposta. “Ressaltamos que o cumprimento da lei de responsabilidade fiscal e a queda na arrecadação nos impõem limites. Paralelamente a Prefeitura tem convocado professores aprovados no concurso e, hoje, conta com cerca de duzentos professores efetivos, um crescimento de mais de 40%, que elevou muito a folha de pagamento, um crescimento exponencial em meses. Todavia, vem pagando os salários rigorosamente em dia, com todos os direitos e garantia do magistério, com 30% de regência de classe, 10% de gratificação técnica, titulação, 10% para os professores que exercem atividade em sala de recurso, entre outros. Vale destacar que o salário base inicial é de mais de R$ 5 mil e o piso de 200 horas gira aproximadamente em torno de R$ 4.040. Informamos que tão logo tenhamos a conclusão dos estudos, convidaremos os representantes da categoria para uma reunião”, concluiu.