17/01/2019 as 07:57

Política

Vereador quer CPI para investigar a terceirização

Objetivo seria apurar o contrato emergencial na Saúde de Aracaju

COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Vereador quer CPI para investigar a terceirizaçãoFoto: Alejandro Zambrana

Após a medida tomada pelo prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB) de contratar uma empresa de forma emergencial para administrar o Hospital Nestor Piva, o vereador Elber Batalha (PSB) assegurou que está elaborando uma proposta de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a “privatização da Saúde sem licitação”.


De acordo com Elber, o que Edvaldo Nogueira vem fazendo é iniciar um processo de privatização da Saúde. “Se analisar bem, ele armou tudo. Fez uma proposta que sabia que os médicos não aceitariam. Ele fez tudo isso para gerar uma situação de emergência, sendo justificada para fazer a contratação dessa empresa sem licitação”, criticou.


Para Elber, Edvaldo usou até “a desculpa” de uma suposta determinação do Tribunal de Contas do Estado (TCE). “O TCE já tinha dado a decisão há muito tempo que era de que ele deveria fazer concurso. Ele não quer fazer e inventou essa história de ‘pejotização’. Só que ele baixou a hora trabalhada. Ou seja, o médico que recebia R$ 120 passaria a quase R$ 65. Eles não aceitaram, lógico”, acrescentou.

Investigação
Ainda segundo Elber Batalha, o contrato emergencial é de R$ 2 milhões. “Aí ele já não englobou só a situação dos médicos, mas também a gestão total. Vai ser um valor de R$ 66 mil por dia. É surreal dizer que se gasta isso num hospital daquele. Ele está fazendo a privatização sem licitação, que é o maior escândalo de todos. Ele está mudando o modelo de gestão da saúde sem discussão pública e a toque de caixa”, pontuou.


Diante desses últimos acontecimentos, o vereador contou que vem discutindo com os profissionais de saúde para poder preparar o requerimento que pedirá a CPI. “Vou sentar ainda com o Sindicato dos Médicos e já conversei com Sheyla Morales [presidente do Sindicato dos Enfermeiros] para a proposta. Até porque a Câmara só volta no dia 18 de fevereiro e até a data tenho que colher as assinaturas”, registrou.

Por Mayusane Matsunae/Equipe JC