14/03/2019 as 08:04

Servidores

CUT cobra instalação de mesa permanente de negociações

Rubens Marques, presidente da Central Única de Trabalhadores (CUT), afirma que tema foi promessa de campanha

COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

CUT cobra instalação de mesa permanente de negociaçõesFoto: Divulgação

O presidente da Central Única de Trabalhadores (CUT), Rubens Marques, conhecido como Professor Dudu (PT), cobrou do governador Belivaldo Chagas (PSD) a criação de uma mesa permanente de negociação. Segundo o sindicalista, a cobrança vem sendo feita oriunda de uma promessa feita pelo gestor na época da campanha eleitoral e que, até o momento, sequer foi sinalizada que existiria.


Para o JORNAL DA CIDADE, Professor Dudu esclareceu que a criação da mesa permanente de negociação faz com que seja dirimido os problemas salariais dos trabalhadores. “Funcionaria de janeiro a dezembro. Quando a mesa não existe, na época da data base, vai todo mundo de uma vez tentar negociar. Aí vira o caos, e até agora não foi instalada. Nem sinalização e nem nada”, comentou.


De acordo com o sindicalista, a mesa é fundamental para que os trabalhadores tenham uma negociação mais tranquila. “Onde se possa apresentar dados. Por exemplo, vem reajuste de salário mínimo e todo servidor que recebe isso vai lá tudo de uma vez. É uma forma inteligente de operacionalizar o debate sobre revisão. O governo não sinalizou nada, mas se comprometeu”, salientou.


Assim como a CUT, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipe (Sintese) também fez a mesma queixa, contudo, com a pauta referente ao reajuste do piso do magistério – que ocorre todo mês de janeiro e como determina a lei. “Este ano, o reajuste é de 4,17%, é o mais baixo desde 2008. E, ao não aplicar o reajuste do piso, o que isso provoca ao professor? Vai perdendo ao longo do ano um direito que ele tinha, que era progressão na carreira. O governo no ano passado apresentou um percentual de seis a 15% e, se ele não pagar esse, o que entrou em dezembro sai agora”, explicou a presidente do sindicato, Ivonete Cruz.


Conforme Ivonete Cruz detalhou, até o momento, o governo também não se reuniu com a categoria para tratar do reajuste nacional. “Assumiu o compromisso que estaria sentando conosco em janeiro e ainda não sentou. Este mês de março, inclusive, para gente é decisivo, pois o governo precisa sentar e colocar a partir de que momento vai cumprir a lei. Garantir o reajuste do piso na carreira, como deveria estar sendo cumprido desde janeiro

Contribuição sindical
Ontem, os movimentos sindicais “invadiram” a Assembleia Legislativa de Sergipe para pressionar os deputados estaduais sobre a elaboração de um projeto de lei que garanta os sindicatos a continuar recebendo as contribuições – indo ao contrário da Medida Provisória 873/2019, como publicado na edição anterior do JC.


“O desconto é legal, mas nós precisamos regulamentar que seja descontado em folha como sempre foi. Então, apesar da MP não tratar diretamente de servidores municipais e estaduais, tem sete municípios de Sergipe que já avisaram que não vão fazer desconto. Não tem nenhum indicativo aqui em Sergipe que o governo não vai descontar. Não é isso. A gente quer garantir em lei que esse desconto permaneça”, concluiu Professor do Dudu da CUT.