Rogério diz que reforma não vai resolver a crise

Foto: Viola Jr.

Com a discussão do projeto da reforma da Previdência ainda em voga no Congresso Nacional, o senador Rogério Carvalho (PT) não acredita que vá resolver a crise que atinge os estados e municípios. Sobre o tema, o senador Alessandro Vieira (Cidadania) deseja que o Senado dê atenção no processo de apreciação.

De acordo com o senador Rogério Carvalho, ainda é momento de aguardar. “O PT espera a negociação com os governadores”, comenta. Para o parlamentar, o problema é que mesmo com a aprovação do projeto da reforma, o déficit dos regimes próprios da previdência não será resolvido.
“O Senado deve promover vários debates com os governadores para encontrar uma saída. Vamos aguardar a chegada da reforma no Senado”, comentou o petista Rogério Carvalho.

Inclusive, sobre o projeto da Previdência, o senador Rogério Carvalho já vem declarando ser contrário mesmo antes do tema chegar à Câmara de Deputados. O parlamentar já realizou discursos no Senado Federal e vem registrando no seu perfil pessoal na rede social.

Segundo Rogério, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) está “empenhado em aumentar o número de mortes no Brasil”. “Com a necropolítica de Bolsonaro, pouca gente chegará à idade de se aposentar”, frisou.

Atenção aos entes
O senador Alessandro Vieira alerta que deseja que o Senado dê atenção aos estados e municípios no processo de apreciação da reforma da Previdência quando a propositura chegar na Casa.

“O Senado não pode fechar os olhos para o caos fiscal dos estados e municípios. É hora de deixar a política paroquial de lado e cuidar do interesse público. Mas sempre teremos populistas dizendo o contrário, vendendo discursos simplistas e falsos para enganar o eleitor”, defende Alessandro Vieira.

Visão do PSTU
Sobre o tema, Vera Lúcia, ex-candidata à Presidência da República pelo PSTU, expõe que a reforma da Previdência Social interessa principalmente aos banqueiros e às grandes empresas. “Consequentemente, quem perde é a classe trabalhadora. E quem mais vai sofrer serão os mais pobres, portanto, os negros e mulheres. O empobrecimento da classe trabalhadora brasileira será rápido e profundo, porque se soma às reformas da Previdência e à trabalhista, à lei da terceirização e ao desemprego. Tudo isso são medidas para saída da crise capitalista que sacode o sistema há uma década. Com isso, salvam-se os bancos e as grandes corporações, enquanto se agudiza a pobreza, a fome, o subemprego, o desengano e a violência. Uma receita conhecida que precisa ser rasgada”, opinou.