06/09/2019 as 09:15
SOBRE INDICAÇÃO PARA PGRA declaração é da procuradora regional eleitoral Eunice Dantas, que manifestou a sua insatisfação perante a indicação de Augusto Aras para a PGR, realizada pelo presidente Bolsonaro.
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Através das suas redes sociais, a procuradora regional eleitoral Eunice Dantas expressou nesta sexta-feira, 06, a sua insatisfação diante da indicação do subprocurador-geral da República, Augusto Aras, para o cargo de procurador-geral da República. A indicação de Auguto Aras foi realizada na tarde da última quinta-feira, 05, pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). A procuradora alega que odesprezo em relação à lista tríplice.
Bolsonaro deixou de lado a lista tríplice, que foi divulgada em junho, em eleição interna da Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR), escolhendo um nome que correu por fora, com perfil conservador e afinidade ideológica à sua. Atualmente, o cargo é ocupado por Raquel Dodge.
De acordo com Eunice Dantas, o Ministério Público Federal (MPF) entra em retrocesso com essa decisão. Isso porque, no seu entendimento, o fato se trata de uma escolha contraditória se comparada às promessas de campanha realizadas pelo presidente eleito, sem a sociedade ter acesso aos diálogos decidivos entre Jair Bolsonaro e Augusto Aras.
Em nota, a ANPR manifestou, em seu site, a indignação diante da escolha do novo subprocurador-geral da República. Assim como Eunice Dantas, a classe reforça que o desrespeito à lista tríplice é o maior retrocesso democrático e institucional do MPF em 20 anos.
Confira, abaixo, a transcrição da sua publicação:
“E aí Jair??? Esqueceu que foi eleito com a bandeira de combater a corrupção? Esqueceu que dizia q iria “mudar isso tudo que tá aí? Realmente mudou, pra pior. RETROCESSO DE 20 ANOS.
Escolheu um PGR que não foi submetido a debates públicos, não apresentou propostas à vista da sociedade e da própria carreira. Não se sabe o que conversou em diálogos absolutamente reservados, desenvolvidos à margem da opinião pública. Não possui, ademais, qualquer liderança para comandar uma instituição com o peso e a importância do MPF.
O PGR não é uma “dama” no tabuleiro de xadrez, sendo o presidente, o rei.
É melhor “jairem” se acostumando com o retrocesso”
| Foto: André Moreira/Arquivo JC