18/11/2019 as 09:48

Negativo

Contas: Sergipe apresenta queda no volume do PIB

Em 2017, apenas RJ, SE e PB ficaram com índice negativo

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O IBGE divulgou ontem que, após dois anos consecutivos de queda, 2015 (-3,5%) e 2016 (-3,3%), o PIB do Brasil voltou a crescer em volume: 1,3% em 2017, na comparação com 2016. Entre as unidades da Federação, apenas Rio de Janeiro (-1,6%), Sergipe (-1,1%) e Paraíba (-0,1%) tiveram variações negativas, ocupando, respectivamente, a 27ª, 26ª e 25ª posições no ranking de variação de volume.


De acordo com a divulgação das Contas Regionais 2017, Sergipe e Paraíba devem grande parte de seus resultados negativos à retração da Indústria, em função do setor de Construção, com resultados de -13,2% e -11,2%, respectivamente. Além disso, houve redução na produção de energia elétrica pela usina de Xingó em Sergipe e das Indústrias de transformação na Paraíba.

Os estados do Norte e Nordeste tiveram PIB per capita inferior à média nacional em toda a série. Sergipe, que ocupava a primeira posição desde 2002, perdeu o posto para Pernambuco e Rio Grande do Norte em 2016, passando a ocupar a terceira colocação na região, desde então.


Na 24ª posição, a Bahia apresentou estabilidade (0,0%), com a queda da Indústria (-2,9%) sendo compensada pelos crescimentos da Agropecuária (7,1%) e dos Serviços (0,2%).

PIB
Apesar de apresentar sua menor participação da série, em 2017, o Sudeste continuou concentrando mais da metade do PIB nacional, 52,9%. O PIB per capita do Brasil foi de R$ 31.702 em 2017, com variação de 4,2% em valor em relação a 2016. O Distrito Federal se manteve como maior PIB per capita brasileiro, R$ 80.502, cerca de 2,5 vezes maior que o PIB per capita do país.


Na análise do PIB pela ótica da renda, em 2017 foi a primeira vez na série em que a remuneração dos empregados perdeu participação em relação ao ano anterior, apesar de se manter como principal componente (44,4%), sobretudo devido à queda no número de empregados com carteira de trabalho assinada.


Essas e outras informações estão disponíveis nas Contas Regionais 2017, elaboradas em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA.

Agropecuária
Em 10 das 18 Unidades da Federação com variação em volume do PIB superior à do Brasil, o desempenho da Agropecuária foi determinante, especialmente da Agricultura, inclusive apoio à agricultura e à pós-colheita, que em 2016 foi afetada por condições climáticas desfavoráveis.

Assim, os quatro maiores resultados em volume (Mato Grosso, Piauí, Rondônia e Maranhão) tiveram as maiores influências da Agropecuária, especialmente os cultivos de milho, algodão e soja, e ainda na produção de leite em Rondônia. Apenas Mato Grosso e Rondônia apresentaram crescimento em volume na Indústria (2,0% e 8,1%, respectivamente), muito influenciado pelo aumento de produção de energia elétrica das usinas Teles Pires, em Mato Grosso, e Santo Antônio e Jirau, em Rondônia. Já Piauí e Maranhão tiveram recuos de 3,8% e 3,5% no setor industrial, respectivamente, por influência da Construção: -9,8% e -10,2%.
Depois do Distrito Federal, os maiores PIBs per capita em 2017 foram, na ordem, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná. Entre os sete maiores PIBs per capita, apenas Santa Catarina subiu uma posição entre 2016 e 2017, passando à frente de Mato Grosso. Já na comparação com 2002, Mato Grosso foi o estado que mais avançou sua posição relativa, passando de 11ª para a 5ª posição em 2017.

Remuneração de empregados
Na análise do PIB pela ótica da renda, em 2017 foi a primeira vez na série em que a remuneração dos empregados perdeu participação em relação ao ano anterior, apesar de se manter como principal componente (44,4%). A redução se deve à queda no número de empregados com carteira de trabalho assinada, o que fez com que o crescimento nominal das remunerações (4,2%) fosse inferior aos 8,0% dos impostos líquidos de subsídios, sobre a produção e importação e 4,8% do excedente operacional bruto mais o rendimento misto bruto.

O Nordeste, que ao longo da série detinha o maior peso da remuneração dos empregados no PIB, saiu de 47,3% em 2016 para 46,8% em 2017, foi superado pelo Centro-Oeste (47,0%). No Piauí, Paraíba e Sergipe, o valor relativo da remuneração de empregados foi superior a 50%, o que se justifica em grande medida pelo peso da administração pública nestes estados.