27/10/2020 as 08:16

ELEIÇÕES 2020

Candidatos a prefeito já devem R$ 2,6 milhões

Em Aracaju, 6 postulantes ao cargo gastaram mais do que arrecadaram

COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Com menos de 20 dias para o primeiro turno do pleito deste ano, dos 11 candidatos que disputam o comando da Prefeitura de Aracaju seis já gastaram mais do que o dinheiro que apresentaram ter em caixa, conforme os dados apresentados no portal da Justiça Eleitoral. Até o fechamento desta matéria, a dívida para realizar a campanha eleitoral já atinge R$ 2,6 milhões.

Com relação às despesas contratadas, os valores variam de R$ 2,9 milhões a R$ 0,00. O que chama atenção é que a receita dos 11 candidatos juntos é de R$ 5.420.469,77 e a despesa já está em R$ 8.057.237,90. De acordo com as informações do portal da Justiça Eleitoral, a maioria dos candidatos a prefeito da capital sergipana declarou ter recebido recursos para elaboração da campanha oriundos dos partidos, seja do diretório estadual ou da executiva nacional. A pesquisa feita pela equipe do JORNAL DA CIDADE aponta que os valores recebidos para campanha variam de R$ 0 a R$ 1,8 milhão.

É salutar registrar que os candidatos devem obedecer ao limite legal para o primeiro turno deste ano que é de R$ 4.286.917,89.

GASTÕES
O portal da Justiça Eleitoral registra que Edvaldo (PDT) é o candidato que mais apresenta despesas contratadas: R$ 2.972.783,73 – sendo que a receita é de R$ 1.844.100,00. Em segundo lugar está Danielle Garcia (Cidadania), com despesa de R$ 2.204.448,65 e a receita de R$ 790.377,69.

Logo após vem Marcio Macedo (PT), que gastou R$ 799.021,82 e recebeu R$ 478.550,00. Outro que vem gastando mais do que apresentou ter recebido é Lúcio Flávio (Avante), com despesa de R$ 22.650,00 e sem receita. Além desses, tem Gilvani Santos (PSTU), que recebeu R$ 4.875,00 e gastou R$ 21.400,00; e Juraci Nunes (PMB), com R$ 800 apresentado na conta e com dívida de R$ 2 mil.

EQUILIBRADO
No levantamento feito pelo JC, os demais candidatos estão com as contas equilibradas – receitas e despesas em conformidade. Alexis Pedrão (Psol) apresentou à Justiça Eleitoral ter recebido R$ 42.317,08 e gastou R$ 17.909,37. O delegado Paulo Márcio (DC), com receita de R$ 5.450,00 e nenhum gasto. A candidata Georlize Teles (DEM) recebeu R$ 405.000,00 e despesa de R$ 398.817,00, enquanto Rodrigo Valadares (PTB), o que maior recebeu de quantia para realizar campanha, tem no caixa R$ 1.849.000,00 e despesa de R$ 1.618.207,33.

ZERO A ZERO
O candidato Almeida Lima (PRTB), por sua vez, apresentou estar com receita de R$ 0,00 e despesa R$ 0,00.

DESPESAS
A prestação de contas é um dever de todos os candidatos, com seus vices e suplentes, e dos diretórios partidários nacionais e estaduais, em conjunto com seus respectivos comitês financeiros, se constituídos. “Essa é uma medida que garante a transparência e a legitimidade da atuação partidária no processo eleitoral”, frisa o Tribunal Superior Eleitoral sobre o tema. No portal, a despesa da prestação de contas dos candidatos é apresentada com produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, despesa com pessoal, publicidades por materiais impressos e por adesivos, combustíveis, serviços advocatícios, carros de som, pré-instalação física do comitê de campanha, cessão ou locação de veículos, serviços contábeis, alimentação, criação e inclusão de página na internet, locação de bens imóveis e outros.

Por Mayusane Matsunae
Foto: Divulgação