16/03/2021 as 08:31

ISOLAMENTO

Kitty avalia que governo faz pouco no combate à pandemia

Para a parlamentar, não existe espaço para desculpas por parte dos gestores à frente do combate à pandemia

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Isolamento social, vacinação em massa e testagem com rastreamento são medidas determinantes para a redução de casos e mortes pela Covid-19 em diferentes lugares do país e do mundo, mas em Sergipe, um ano após o primeiro caso confirmado da doença, pouco tem sido feito efetivamente pelo Governo do Estado no combate à pandemia, aponta a líder da oposição na Assembleia Legislativa, a deputada estadual Kitty Lima (Cidadania).

Nos últimos 12 meses, seguindo uma tendência crescente de mortes diárias, 3.123 sergipanos (número fornecido pela Secretaria Estadual de Saúde até o último domingo, dia 14) perderam a batalha contra o vírus, reforçando a baixa eficácia das medidas decretadas pelo governador Belivaldo Chagas no combate à Covid. São meses de luto, flexibilizações e decreto de restrições questionados, baixa oferta adequada de leitos e a falta de uma fiscalização mais rígida contra as aglomerações que culminaram no atual cenário que é duramente criticado pela deputada. “A situação em Sergipe poderia ter sido diferente se tivéssemos uma oferta maior de leitos, mais qualidade na saúde pública, mais profissionais contratados atuando na linha de frente e, principalmente, mais planejamento para enfrentar toda essa crise que tem dilacerado famílias. Dava para ter feito muito mais pelos sergipanos, mas o Governo de Sergipe não fez, e os números de casos confirmados e de vítimas, lamentavelmente, comprovam isso”, afirma Kitty.

Para a parlamentar, não existe espaço para desculpas por parte dos gestores à frente do combate à pandemia quando se assume a responsabilidade pela vida de seus cidadãos. “Trabalhamos e pagamos nossos impostos para que o poder público seja eficiente em todos os seus aspectos. Nessa pandemia, o que podemos constatar é que faltou planejamento e sobrou angústia para aqueles que viram seus parentes morrerem, e em muitos casos nem puderam se despedir adequadamente. Uma dor sem tamanho que poderia ter sido evitada”, lamenta Kitty.

Enquanto familiares choravam a morte de seus entes, o Governo do Estado flexibilizava medidas restritivas sem nenhum planejamento eficaz e sem dialogar ainda com representantes dos setores da economia mais afetados pelas medidas restritivas para entender e propor contrapartidas justas. “Sabemos que o isolamento social é uma das medidas mais importantes nesse processo de combate à Covid-19, mas precisamos entender também que, consequentemente, existem setores que são drasticamente afetados por essas medidas e que precisam de uma contrapartida para resistirem a essa crise. O governo deveria ter aberto diálogo com todos eles para entender a demanda e propor soluções viáveis para que os empresários e comerciantes não fechem suas portas, evitar o desemprego e o agravamento da crise social que surge com essa pandemia, mas não fez e nem tem feito”, alerta Kitty.