25/03/2021 as 07:51

GOVERNADORES

Belivaldo defende auxílio emergencial de R$ 600

Governadores divulgam carta aberta aos presidentes da Câmara e Senado

COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Juntamente com outros 15 governadores de estados brasileiros, Belivaldo Chagas (PSD) assinou ontem uma carta direcionada aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, defendendo que o auxílio emergencial pago durante a pandemia continue no valor de R$ 600. Os governadores demonstraram apoio a uma iniciativa de 300 organizações, que compõem a campanha “Renda Básica que Queremos”. “Entendemos que a redução dos valores do auxílio emergencial é inadequada para a eficácia da proteção da população. Enquanto a vacinação não acontecer em massa, precisamos garantir renda para a população mais vulnerável”, cita o texto, que considera insuficientes os valores noticiados de R$ 150, R$ 250 e R$ 375.

Os gestores estaduais avaliam ainda que o recurso deve ser associado a medidas de distanciamento social, que consideraram essenciais diante do intenso aumento de casos e mortes decorrentes da Covid-19, e reclamaram de lentidão no processo de vacinação. “Temos o cenário dramático de quase 300 mil vidas perdidas. Diariamente, vemos recorde de mortes, lotação de leitos hospitalares, ameaça de falta de medicamentos e esgotamento das equipes de saúde. O calendário nacional de vacinação e a obtenção de novas doses de imunizantes contra a Covid-19 estão mais lentas do que as respostas que precisamos para reverter esse quadro”, cita.

Confira a seguir a carta, na íntegra:

Os Governadores dos Estados abaixo assinados apoiam a iniciativa das 300 organizações que compõem a “Campanha Renda Básica que Queremos” e solicitam a adoção das providências necessárias para garantir segurança de renda à população, associada às medidas de distanciamento social, essenciais para serem adotadas neste momento de intenso aumento de casos e mortes decorrentes da Covid-19. Temos o cenário dramático de quase 300 mil vidas perdidas. Diariamente, vemos recorde de mortes, lotação de leitos hospitalares, ameaça de falta de medicamentos e esgotamento das equipes de saúde. O calendário nacional de vacinação e a obtenção de novas doses de imunizantes contra a Covid-19 estão mais lentas do que as respostas que precisamos para reverter esse quadro.

Agir contra esse cenário requer medidas sanitárias e garantia de uma renda emergencial. Somente com essas medidas seremos capazes de evitar o avanço da morte. Por isso, entendemos que a redução dos valores do auxílio emergencial é inadequada para a eficácia da proteção da população. Enquanto a vacinação não acontecer em massa, precisamos garantir renda para a população mais vulnerável. Por isso, solicitamos ao Congresso Nacional que disponibilize os recursos necessários para o auxílio emergencial em níveis que superem os valores noticiados de R$ 150, R$ 250 e R$ 375.

Exatamente há um ano, no início da pandemia, os governadores manifestaram-se favoráveis à implantação de uma renda básica no país. Hoje, mais do que nunca, é comprovada a sua necessidade, urgência e o impacto que se pode alcançar. Por isso, neste momento, defendemos auxílio emergencial de R$ 600,00, com os mesmos critérios de acesso de 2020. Não obstante o exposto acima, os signatários desta carta entendem a importância de o país não se desviar de seu compromisso com a responsabilidade fiscal. É importante entender o esforço de mitigação da crise atual para os mais vulneráveis como extraordinário e temporário. Logo à frente precisaremos voltar a uma trajetória de ajustamento fiscal que compatibilize os necessários programas sociais com um financiamento responsável dos mesmos. Brasília, 24 de março de 2021.

Assinaram a carta:
RENAN FILHO (MDB) Governador do Estado de Alagoas WALDEZ GÓES (PDT) Governador do Estado do Amapá RUI COSTA (PT) Governador do Estado da Bahia CAMILO SANTANA (PT) Governador do Estado do Ceará RENATO CASAGRANDE (PSB) Governador do Estado do Espírito Santo FLÁVIO DINO (PCdoB) Governador do Estado do Maranhão REINALDO AZAMBUJA (PSDB) Gov. do Estado de Mato Grosso do Sul HELDER BARBALHO (MDB) Governador do Estado do Pará JOÃO AZEVÊDO (Cidadania) Governador do Estado da Paraíba RATINHO JUNIOR (PSD) Governador do Estado do Paraná PAULO CÂMARA (PSB) Governador do Estado de Pernambuco WELLINGTON DIAS (PT) Governador do Estado do Piauí FÁTIMA BEZERRA (PT) Govda. do Est. do Rio Grande do Norte EDUARDO LEITE (PSDB) Gov. do Estado do Rio Grande do Sul JOÃO DORIA (PSDB) Governador do Estado de São Paulo BELIVALDO CHAGAS (PSD) Governador do Estado de Sergipe.

|Por Max Augusto
||Foto: Arquivo JC