Segurança: veja propostas dos candidatos ao governo

Os oito candidatos que disputam o cargo de governador apontam nas propostas programas e projetos voltados para a área da Segurança Pública em Sergipe. Segundo o levantamento feito pela equipe do JORNAL DA CIDADE, com base no material apresentado pelos concorrentes à Justiça Eleitoral, os destaques estão para a melhoria da carreira militar, investimento em tecnologia e também a atuação maior de policiais nas zonas rurais.

CONFIRA OS PRINCIPAIS PONTOS DOS PLANOS PARA A SEGURANÇA PÚBLICA:

DELEGADO ALESSANDRO (PSDB)
Delegado Alessandro, que tem carreira na Segurança Pública, apontou no plano de governo propostas para valorizar e fortalecer a atuação das polícias estaduais. No material exposto no portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o candidato destacou o fortalecimento da polícia preventiva e também das guardas municipais através do fornecimento de equipamentos e infraestrutura. Além disso, ele pontuou a promoção a formação e qualificação dos profissionais da segurança pública para o atendimento às populações vulnerabilizadas. Logo no primeiro semestre, como frisou o candidato no plano, o mandato será para implementar o “Observatório da Violência” – destinado à coleta de informações, diagnóstico e planejamento das ações do governo no setor. Também no início da gestão, Delegado Alessandro promete desenvolver o programa “Mulher sem Violência” e implantar o uso de câmeras nos fardamentos policiais. Ele também propõe realizar um diagnóstico acerca da infraestrutura das delegacias e a partir do mesmo executar um plano de melhorias e manutenção.

DR. CLÁUDIO MÉDICO GERIATRA (DC)
O Dr. Cláudio Médico Geriatra registrou no plano de governo o projeto “Mais Segurança Mais Paz”. Segundo o candidato, a iniciativa visa o fortalecimento das ações de valorização da cidadania junto à rede educacional – “criação do policial educador em parceria com a rede educacional”. O candidato destacou ainda a motivação profissional dos policiais civis e militares com garantia de condições adequadas e maior remuneração com critérios em resultados. “Ampliação do princípio da eficácia”, mencionou.

ELINOS SABINO (PSTU)
Elinos Sabino defende a “demilitarização” da Polícia Militar. No plano de governo, o candidato acrescenta uma Polícia Civil unificada, seja radicalmente democratizada e com direito a sindicalização. Para ele, é preciso a discussão e aprovação de políticas de segurança pública para os bairros e cidade pelos Conselhos Populares. “E os delegados e comandantes da polícia também serão lá eleitos e terão seus mandatos revogáveis e subordinados aos conselhos. Ainda no plano, Elinos Sabino frisou: “Pelo direito do policial de recusar ordens superiores que violem os direitos humanos e pelo direito à autodefesa popular na periferia”. O candidato defende também a legalização das drogas, controle da sua produção e distribuição pelo Estado para acabar com o narcotráfico. “Para gerar receita para os cofres públicos. Junto a isso, o Estado deve garantir campanhas de saúde pública e atendimento estatal de saúde aos usuários”, justificou.

FÁBIO (PSD)
Com relação ao plano de Fábio, o candidato dividiu o assunto Segurança Pública em temas – fatiando cada um, ele foi apontando os compromissos, caso eleito seja. Para a estrutura e gestão, há: ampliar a mediação de conflitos através do projeto “Acorde” nas unidades da Polícia Civil e articulação com a rede de cuidados da Assistência Social nos municípios; ampliar, para todas as regiões geopolíticas do Estado, as Delegacias de Atendimento de Grupos Vulneráveis (DAGV); ampliar a Ronda Maria da Penha. Fábio também deu atenção para a integração e interiorização das forças de segurança. Nas propostas, o candidato reforçou: elaborar plano de segurança pública em conjunto com os municípios e suas guardas municipais; ampliar a “Patrulha Rural” para que possa fazer um trabalho ostensivo e rotineiro no interior do Estado; implantar o cercamento eletrônico nas regiões e limites estaduais e maiores municípios, com câmeras e softwares de qualidade, leitura de placas e reconhecimento facial. O candidato também menciona a necessidade de melhorias no sistema prisional e na valorização profissional das polícias do Estado.

NIULLY CAMPOS (PSOL)
Niully Campos também defende a desmilitarização das polícias e da sociedade. No plano de governo, ela pretende uma polícia promotora dos direitos humanos e a criação da carreira única com ingresso único. A candidata propõe ainda: implementação do ciclo completo de polícia, com controle externo realizado pelo povo, por meio de conselhos de segurança pública; pagamento imediato do adicional de periculosidade das policias Civil e Militar; respeito e valorização salarial de todos os trabalhadores do sistema de segurança pública; criação do Programa de monitoramento pelo fim da violência policial. A candidata propõe ainda a instalação de câmeras nos uniformes dos policiais; criação do Programa de Desencarceramento, voltado à redução da população prisional; desprivatizar os presídios estaduais; defesa do fim à “guerra às drogas” – “contra a criminalização do uso e do comércio de drogas”.

PROF. AROLDO FÉLIX (UP)
Prof. Aroldo Félix propõe no plano de governo: acabar com as operações policiais violentas nas comunidades, substituindo-as por ações de inteligência em todo o Estado, com forte fiscalização e controle das armas e munições em controle do governo estadual; atrelar o atendimento de requisitos de direitos humanos e sociais à progressão nas carreiras policiais, desestimulando a valorização da truculência policial; mudança dos critérios de seleção e treinamento de novos policiais, com enfoque nos direitos humanos, não-letalidade, antirracismo e feminismo. O candidato também destacou no plano: transformar as penitenciárias e cadeias em Unidades de Reeducação Popular; criação da “Comissária da Juventude”, nova instituição que buscará aplicar verdadeiramente as medidas socioeducativas e integradoras previstas no ECA, ficando na alçada da Secretaria de Educação; formar rede de Casas Abrigo para mulheres em situação de violência e vulnerabilidade, oferecendo apoio multiprofissional àsvítimas de violência doméstica, violência sexual,violência obstétrica, assédio moral, fortalecendoa rede de apoio junto às organizações feministas.

ROGÉRIO CARVALHO (PT)
Rogério Carvalho destacou no plano o “combate à violência e promoção da segurança cidadã”. Nomaterial apresentado à Justiça, o candidato expôsque o governo estadual “não pode abdicar de seupapel chave na condução do combate à violência eà promoção da paz social”. “Cabe a ele colaborarcom outras instâncias de Governo no sentido deimplantar um sistema de segurança pública quecoloque a defesa da cidadania como princípio efundamento das ações policiais”, disse. Ainda no plano, Rogério reforçou: “Para queisso ocorra, é fundamental instituir programasde ação preventiva com o apoio da comunidade,bem como incentivar uma ação coordenada entreas polícias militar e civil, as guardas municipais eórgãos federais, além de melhorar a qualificação eequipamentos das polícias para que melhor possamcumprir suas funções. O foco é a prevenção docrime e a defesa da cidadania, mediante o apoio deorganizações comunitárias”.

VALMIR DE FRANCISQUINHO (PL)
Valmir de Francisquinho se compromete aencaminhar um projeto de lei para a AssembleiaLegislativa com o foco em ampliar os quadros eque haja uma regularidade na convocação de novos policiais, preferencialmente, com a realizaçãode concurso público. O candidato apontou aindaa construção de novos prédios que abrigam asunidades da Segurança Pública e “ofertar uma manutenção constante”. Para o candidato, também é preciso manter arotina de operações nas divisas e estruturar e fortalecer as delegacias de Atendimento à Mulher, criação no interior. Além disso, a construção de baseprópria do Grupo Tático Aéreo (GTA) e recomporas perdas salariais dos servidores e regulamentaro adicional de periculosidade para os policiais ebombeiros sergipanos, ativos e inativos.

|Por Mayusane Matsunae