30/01/2023 as 09:03

ENTREVISTA

‘Serão quatro anos em 30 dias’, Saulo Vieira

O jovem Saulo Vieira assumiu o mandato de deputado estadual no dia 1° de janeiro deste ano e ficará nele até o dia 31 de janeiro.

COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

O jovem Saulo Vieira assumiu o mandato de deputado estadual no dia 1° de janeiro deste ano e ficará nele até o dia 31 de janeiro. Foi relâmpago, mas através de um slogan e de muito trabalho ele emplacou o “4 anos em 30 dias”. Saulo arregaçou as mangas, visitou secretários, esteve com o governador, ouviu setores da sociedade e trabalhou de domingo a domingo. Nesta entrevista, ele fala um pouco sobre suas ideias e projetos. Acompanhe.

JORNAL DA CIDADE - Como foi pra você assumir uma cadeira na Alese durante 30 dias?
SAULO VIEIRA – Foi gratificante. Foram 30 dias muito intensos. De domingo a domingo, com uma agenda bastante arrojada e com uma produção legislativa extremamente positiva e que objetiva transformar positivamente a vida dos sergipanos.

JC – Neste momento, você se considera de situação ou de oposição?
SV – Eu integro o grupo do governador Fábio Mitidieri. Não só acredito nele como pessoa, mas principalmente como gestor. Fábio é de uma geração muito próxima da minha, é visionário, leal aos seus e eu não tenho dúvida alguma que será um dos melhores governadores da História de Sergipe. Neste primeiro mês, Fábio já deu demonstrações claras de muito trabalho. Já viajou para Brasília em busca de recursos para as obras da BR-101 e da BR-235, já lutou para buscar recursos para o Hospital de Amor de Lagarto e para a construção do Canal de Xingó e a ponte Neópolis-Penedo. O governador está cumprindo à risca o slogan de que o futuro começa agora, já pensando e projetando Sergipe para os próximos anos.

JC – Como foi sua relação com os demais deputados neste período?
SV – Tive uma relação muito boa e essencial para o desenvolvimento dos nossos trabalhos. Inclusive, todos os nossos projetos foram abraçados por alguns parlamentares que assinaram como co-autores. Tem muita gente boa, abnegada e disposta a servir na Alese.

JC – Quando você viu que iria assumir na vaga do agora vice-governador, Zezinho Sobral, como foi essa relação de transição com ele?
SV – Sem dúvidas, a melhor possível. Zezinho é um amigo, um parceiro, inclusive já estivemos reunidos após minha posse para discutir melhorias na Educação de Sergipe. Fui muito bem recebido e podem ter certeza que a Educação dos sergipanos está em boas mãos.

JC – Como deputado, como você vê a situação do nosso Estado?
SV - Acredito que não poderíamos estar vivendo um momento mais propício para o desenvolvimento e crescimento do nosso Estado. Um governo arrumado com um líder visionário, jovem e competente. Para mim é a receita do sucesso. Só depende de nós agora. O mantra precisa continuar sendo: trabalho, trabalho e trabalho!

JC – Seu slogan é “4 anos em 30 dias”, deu para fazer alguma coisa mesmo em recesso na Alese?
SV – Com certeza. Nos dedicamos diariamente para que a entrega desses 30 dias suprisse a expectativa daqueles que nos confiaram o voto e acreditam que é possível fazer diferente! Não tenha dúvidas que deixaremos um legado na Assembleia de trabalho e retorno efetivo a sociedade. Nós conseguimos implantar um gabinete diferenciado. Conseguimos atender amigos, políticos, aliados, mas atendemos também muitas pessoas, gente simples, que representa o nosso povo. Conseguimos fazer também com que o nosso gabinete, mesmo em pouco tempo, fosse uma caixa de ressonância das ideias de muitas pessoas. Apresentamos projetos relevantes e que futuramente irão impactar na vida dos sergipanos. Algumas pessoas acham que a Alese fecha as portas no recesso. Mas administrativamente tudo funciona e eu estive na Assembleia presencialmente aos sábados e domingos para pensar e trabalhar para o povo sergipano.

JC – Quais os principais projetos já protocolados na sua passagem pela Assembleia Legislativa?
SV – Nós temos mais de dez projetos finalizados, fora indicações, resoluções e requerimentos! Mas existem dois que tenho um carinho especial, talvez por terem sido os primeiros: a Lei Marco Antônio Santana, que cria o Código de Defesa do Empreendedor, trazendo direitos e garantias para aquele que efetivamente gera emprego e renda em nosso país! Só lembrando que Marco Antônio foi um médico radiologista, um grande empresário, um ser humano que se destacou nacionalmente por pensar formas de usar sua profissão de maneira humanizada. Infelizmente o perdemos para a Covid, mas ele deixou um legado enorme em nossas vidas e no nosso Estado. Além disso, temos o projeto que regulamenta o uso da Canabis medicinal pra fins terapêuticos. Milhares de famílias estão ansiosas por esse projeto. Temos muitas pessoas, em especial crianças, que necessitam do uso de medicamentos à base de canabis para sobreviver. Então, penso que a regulamentação do uso para fins medicinais é essencial.

JC – Onde estará o deputado Saulo Vieira após esses 30 dias de muito trabalho na Alese?
SV – Sinceramente, espero que trabalhando muito! Seja no meu escritório, sou advogado e amo muito o que faço, ou seja, servindo ao povo sergipano. Mas caso o governador entenda que serei útil em alguma outra missão, eu também estarei disponível. Como falei, sou um soldado, e de uma coisa tenha certeza: independente da missão que for dada, ela será cumprida.

JC – Quais os planos para depois do mandato?
SV – O futuro está nas mãos de Deus, meu amigo, mas eu me senti muito realizado nos dias em que me dediquei aqui na Assembleia e seria hipocrisia de minha parte se eu dissesse que não pretendo retornar. Foi uma das experiências mais incríveis que vivi profissionalmente e de verdade me senti em casa aqui. A ideia de poder pensar projetos que beneficiem nosso Estado e nossa gente me empolgou sobremaneira. Pensar a política com um mandato parlamentar, onde podemos ser o elo entre o povo, a Assembleia e o governo, me fez ter uma visão ampla do que é legislar. Fazer a diferença na vida das pessoas, fazer história no meu Estado, tudo isso me fez acreditar numa política séria e comprometida. Recentemente, estive com o governador e pude debater ideias para o bem dos sergipanos. Isso me deu a sensação de dever cumprido. Mas reitero: sou um soldado. Onde o grupo acreditar que serei útil, eu estarei desempenhando a atividade com o mesmo afinco e dedicação de sempre.

JC – Você se considera um político de direita?
SV – Eu me considero um político liberal. Em algumas situações a direita me classifica como esquerdista. Em outras a esquerda me rotula como direitista. Costumo dizer que, enquanto essa situação persistir, eu terei a certeza de que estou no caminho certo.

JC – O que é ser liberal?
SV – A direita brasileira é conservadora nos costumes e liberal na economia. Já a esquerda é liberal nos costumes, mas conservadora na economia. Eu sou liberal por inteiro, nos costumes e na economia. Ser liberal é acreditar que o poder de escolha deve ser sempre do indivíduo e defender três pilares balizadores: liberdade, propriedade e vida.

JC – Você já decidiu se disputará as eleições em 2024 para vereador por Aracaju?
SV – Repito, a experiência política de poder atuar com um mandato me fez acreditar que posso fazer algo diferente para nossa gente. Sei que posso trabalhar de forma diferente do que vemos hoje. Então, no que depender de mim, meu nome estará, sim, à disposição do meu grupo político nas eleições de 2024. Atualmente sou primeiro suplente do vereador Breno Garibaldi e, se for da vontade de Deus, nas próximas eleições pretendo sim disputar novamente e garantir nossa cadeira da Câmara de Vereadores.

|Por Max Augusto
||Foto: Divulgação