22/05/2023 as 08:17

ENTREVISTA

‘Vamos presidir uma CPI e apurar responsabilidades com o emprego de mais de 40 mil trabalhadores’, Gustinho Ribeiro

Recentemente, o Deputado Federal Gustinho Ribeiro ganhou os holofotes da imprensa nacional ao assumir a presidência da CPI das lojas Americanas.

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Recentemente, o Deputado Federal Gustinho Ribeiro ganhou os holofotes da imprensa nacional ao assumir a presidência da CPI das lojas Americanas. Gustinho já vinha se destacando por suas posições sobre os temas mais relevantes da casa, como o PL das Fake News. Agora, o parlamentar consolida-se como uma liderança de voz firme e independente por sergipe e pelo brasil. É o atual presidente do republicanos sergipe e recentemente assumiu o posto de vice-líder da maioria na câmara federal. Leia tudo nessa entrevista:

JORNAL DA CIDADE - Deputado, o senhor acaba de assumir a presidência da CPI das Lojas Americanas. O que podemos esperar desse trabalho de grande relevância nacional?
GUSTINHO RIBEIRO - Responsabilidade acima de tudo. Responsabilidade com a economia brasileira, responsabilidade com os mais de 40 mil trabalhadores das Lojas Americanas, responsabilidade com a verdade dos fatos. Temos de investigar com isenção, mantendo um olhar cuidadoso com a imagem do Brasil, mas também agindo com firmeza, buscando a punição daqueles que, porventura, tenham cometido as fraudes denunciadas. E vamos fazer isso.

JC – O senhor teve uma atuação destacada na tribuna sobre a discussão do PL das Fake News, que acabou não sendo votado. O projeto não estava bom?
GR - Veja, em tudo o que a gente faz na vida é importante ter equilíbrio. Combater as fake news é uma atitude que precisamos tomar. Não podemos deixar a internet como um ambiente livre para o cometimento de crimes, mas também não podemos censurar a opinião da população. É preciso ter muito cuidado com isso. A liberdade de expressão é instrumento muito valioso para a democracia. O texto, do jeito que estava, não nos dava essa segurança, então deixamos o diálogo aberto para construirmos um texto melhor quando for oportuno.

JC - Deputado, o que o senhor pensa sobre a nova política de preços da Petrobras e como ela pode impactar o desenvolvimento do país?
GR - Com a nova política de preços, a Petrobras abandonou a paridade de preços de importação que vigorava desde 2016 e terá um equilíbrio entre os mercados interno e internacional, levando em consideração o que for melhor para o povo brasileiro. Então, com o gás de cozinha, o diesel e a gasolina mais baratos, acredito que isso será extremamente benéfico para o desenvolvimento do país. Com preços mais acessíveis, haverá um estímulo ao consumo e à produção, impulsionando a economia como um todo. O custo reduzido desses itens essenciais alivia o orçamento das famílias, permitindo que elas tenham mais recursos para investir em outras necessidades básicas, contribuindo para uma melhor qualidade de vida e bem-estar social.

JC – O senhor acredita que essa redução de preço chegará na bomba do posto de gasolina e para a dona de casa que precisa do gás para alimentar a família?
GR - Embora a intenção seja que essa redução chegue até a bomba do posto de gasolina, é importante ressaltar que existem diversos fatores que influenciam os preços finais dos combustíveis, como impostos, margens de lucro das distribuidoras e revendedoras. No entanto, o objetivo é criar condições favoráveis para que essas reduções sejam repassadas ao consumidor final. O monitoramento e a fiscalização adequada serão extremamente importantes para assegurar que essa redução chegue na bomba.

JC - Esta semana, Brasília também está discutindo a substituição do teto de gastos pelo arcabouço fiscal. Por quê?
GR - Olha, é importante que a gente discuta um novo norte para a economia brasileira, prezando pela responsabilidade com as contas públicas, claro, mas também buscando caminhos para que o país se desenvolva com justiça social. Então, vejo com bons olhos essa iniciativa, principalmente com as alterações propostas pelo relator, Carlos Cajado. Uma política fiscal sólida é fundamental para a estabilidade econômica e o desenvolvimento do país. O controle dos gastos públicos, a busca pelo equilíbrio fiscal e a responsabilidade na gestão dos recursos são elementos essenciais para garantir um ambiente favorável aos investimentos e à geração de empregos. Recebemos o projeto recentemente e estamos analisando os detalhes para melhor contribuir nesse debate.

JC - Quais são os principais benefícios que o arcabouço fiscal traz para a sociedade?
GR - Pelo que analisamos até o momento, o arcabouço fiscal tende a promover uma gestão responsável dos recursos públicos, garantindo assim o equilíbrio das contas. Cria-se, com isso, um ambiente favorável à atração de investimentos, ao aumento da confiança dos agentes econômicos e ao fortalecimento da economia como um todo. Para resumir, com as regras do arcabouço, as despesas do governo não poderão ultrapassar o limite de 70% da receita dos 12 meses anteriores. Nos próximos anos, a meta é atingir um superávit, ou seja, as receitas maiores que as despesas. Mas caso não se consiga cumprir as metas estabelecidas, já estão previstos mecanismos de contenção de despesas para manter o comprometimento do governo nesse sentido. Vamos continuar analisando e discutindo com todos até chegarmos ao projeto ideal. Acredito que estamos bem próximos disso.

JC - Deputado, como o senhor avalia o governo de Sergipe sob o comando de Fábio Mitidieri?
GR - O avanço de Sergipe tem sido notável, especialmente no que diz respeito à inauguração de obras importantes. Com investimentos em infraestrutura, saúde, educação e outros setores, o governo tem promovido o desenvolvimento do Estado e melhorado a qualidade de vida da população. Recentemente, o governador anunciou a autorização de contratação de crédito para a construção da ponte que vai ligar a Tancredo Neves ao Bairro Coroa do Meio, em Aracaju, uma obra importante que irá marcar seu governo. Além disso, ele já anunciou para breve o início da segunda ponte que irá ligar a capital ao Município de Barra dos Coqueiros. Somente em Lagarto, por exemplo, essa semana o governador inaugurou a quadra de esportes e a reforma da arquibancada do Colégio Estadual Dom Mário Rino Sivieri, o Espaço Banese + Agro, que irá proporcionar mais oportunidades para os empreendedores rurais de toda a região Centro-Sul, uma sede da Delegacia de Atendimento aos Grupos Vulneráveis, e implantou o Getam. Tudo isso reflete o compromisso do governo com o progresso de Sergipe e demonstra os esforços para impulsionar o crescimento econômico e social do Estado.

JC - Como o senhor acredita que a população do interior vê essa nova forma de governar de Fábio Mitidieri?
GR - Por onde eu ando ouço comentários bastante positivos. Por exemplo, o programa “Sergipe é Aqui”, que aproxima o governo da população do interior, é uma iniciativa muito positiva, pois cria um vínculo e conecta governo e sociedade. Esse programa permite que as demandas e necessidades das comunidades do interior sejam ouvidas de forma direta pelo governo, facilitando o diálogo e possibilitando a implementação de ações efetivas para atender às demandas locais. Além disso, promove a descentralização das políticas públicas, levando benefícios e serviços governamentais gratuitos mais próximos da população, contribuindo para a redução das desigualdades regionais e fortalecendo a participação cidadã, trabalhando de forma inclusiva e participativa. Estou bastante satisfeito e acredito que Sergipe e o Brasil estão no rumo certo.

|Por Max Augusto