25/05/2023 as 07:28

PETROBRAS

Ministro vai cobrar redução de preços de refinaria na BA

Audiência discutiu adequação da Acelen à nova política de preços da Petrobras

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Aconteceu na tarde desta quarta-feira, 24, a audiência marcada pela deputada federal Yandra Moura, vice-líder do União Brasil, com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e com o governador de Sergipe, Fábio Mitidieri (PSD), para tratar sobre a declaração da Acelen – empresa que administra a refinaria de Mataripe – que se recusou a aplicar a nova política do preço dos combustíveis anunciada pela Petrobras. “Informei ao ministro sobre o requerimento que apresentei na semana passada na Câmara dos Deputados depois que a Acelen afirmou que não iria acompanhar a nova política de preços da Petrobras.

O ministro se mostrou disposto e sensível à nossa luta e confirmou que terá uma reunião com os representantes da refinaria para cobrar a adequação à nova política de preços, assim como as demais refinarias do país”, declarou Yandra. A deputada Yandra Moura garante que vai continuar monitorando a situação dos preços no Estado de Sergipe e da Bahia. “Continuarei de olho, fiscalizando e cobrando dos órgãos competentes até que a situação seja resolvida. O povo não pode ser penalizado”, concluiu.

De acordo com a mudança anunciada pela Petrobras, a redução no valor médio da gasolina é de R$ 0,40 e do diesel A é R$ 0,44 por litro, o “gás de cozinha” teve corte de R$ 8,97 por botijão de 13 kg. O anúncio encerra a política de Preço de Paridade de Importação (PPI), que levava em consideração basicamente as cotações do petróleo no mercado internacional. Participaram da reunião o senador Alessandro Vieira (PSDB), o deputado estadual Cristiano Cavalcante (União), secretários de Estado de Sergipe e assessores.

Alessandro diz que solução imediata é medida provisória do governo

Nesta quarta-feira, 24, o senador Alessandro Vieira (PSDB/SE), juntamente com o governador de Sergipe, Fábio Mitidieri, e a deputada federal Yandra Moura (União/SE), esteve reunido com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para tratar sobre dois importantes assuntos para os sergipanos: a redução do preço do combustível no Estado e a política de preços do gás, que afeta o funcionamento da Unigel em Sergipe. O ministro Alexandre Silveira foi receptivo e se colocou à disposição para encontrar as soluções necessárias para ambos os desafios.

Com relação ao preço dos combustíveis, o ministro defende que a Petrobras volte a ter o controle da refinaria na Bahia. “Os representantes de Sergipe trouxeram problemas concretos que precisam de solução. É certo que nós precisamos aumentar a oferta de gás no país, para reindustrializar, gerar emprego e renda, combater desigualdade, minimizar e ampliar a competitividade da nossa indústria, em especial a indústria petroquímica e dos fertilizantes, para sermos autossuficientes do ponto de vista da nossa grande vocação, que é ser o celeiro da humanidade, do ponto de vista de produção de alimentos, e a questão efetivamente dos combustíveis, já que fizemos um grande esforço para implementar uma política nacional de preços que vai fazer com que o preço da gasolina, do gás de cozinha e do óleo diesel baixem”, afirmou.

Unigel
Sobre a manutenção das atividades da Unigel em Sergipe, o senador Alessandro Vieira defende que a solução imediata é uma medida provisória do governo Lula, para criar uma regulamentação específica para o setor de gás utilizado para fertilizantes nitrogenados. “O Brasil precisa de uma política de desenvolvimento sustentável, sabemos que o trabalho está caminhando bem e colocamos a bancada federal sergipana à disposição para fortalecer os caminhos, particularmente a nova política do gás, que é fundamental para Sergipe”, ressalta Alessandro Vieira.

A Unigel, instalada em Laranjeiras, apresentou proposta de suspensão temporária dos contratos de trabalho dos colaboradores da unidade de fertilizantes nitrogenados a partir do dia 1º de junho. A medida foi motivada pela inviabilidade de funcionamento devido ao preço do gás natural, que custa US$ 15 dólares, e para ser viável para a produção da Unigel precisa ser de US$ 7 dólares. A decisão afeta 1.500 empregos sergipanos, diretos e indiretos. “O problema já está identificado, é a política de preços do gás. Com a hibernação da Unigel, além de perder empregos sergipanos, gera-se um problema nacional de desabastecimento de fertilizantes nitrogenados. O que nós estamos construindo com o Governo Federal é tentar uma medida provisória que resolva essa situação rapidamente”, defende Alessandro.