Chico do Correio defende construção do Canal de Xingó

Na última terça-feira, dia 23, o deputado Chico do Correio (PT) destacou na Assembleia Legislativa a construção do Canal de Xingó, que deve compreender 300 quilômetros de extensão entre Sergipe e Bahia, a partir do Rio São Francisco, para reforçar a rede de abastecimento hídrico no interior dos dois estados. A ideia é levar água a perímetros irrigados, projetos de assentamento, agroindústrias, povoados e imóveis ao longo do canal. “É a obra que falta, quando nós tivermos esta obra liberada. Claro que vai demorar anos para ficar pronta, mas o importante é dar o pontapé inicial porque é a redenção do estado, em especial do Sertão. Vai beneficiar gerando emprego e renda naquela região, isso porque nós temos a bacia leiteira, que produz entre 1,2 milhão e 1,5 milhão de litros diário. Vai triplicar depois que tivermos uma obra como essa”, falou.

O parlamentar explicou que em Nossa Senhora da Glória todo cidadão poderá puxar água para sua propriedade e irrigar um hectare. Ele citou a região entre Petrolina e Juazeiro como exemplo a ser seguido do ponto de vista da irrigação de terras. O deputado disse que não é possível morar tão próximo da água bruta e não ter a água tratada. Ele ainda acrescentou que é preciso fiscalizar e não há tempo para esperar a colocação de uma Parceria Público-Privada (PPP) para executar a gerência. Em aparte, a deputada Linda Brasil (Psol) pediu que não só a água chegue para a população, mas também condições de plantar e de colher com o agricultor tendo uma vida digna.

A parlamentar ainda acrescentou o trabalho pode ser feito e que, para tanto, basta querer. “Quando os governos querem, eles conseguem acabar com a seca, miséria e fome, mas projetos políticos Brasil afora não têm isso como prioridade. O Brasil é um dos países mais ricos do mundo, se tivesse governantes que realmente trabalhassem seria a resolução dos problemas. E para que um governante faça, precisa ter o apoio de uma casa legislativa que possa propor projetos e ações que realmente diminuam não só a seca, mas também a fome”, afirmou.