19/09/2025 as 09:27
CPI DO CRIME ORGANIZADOO requerimento já foi lido em plenário e aguarda apenas a indicação dos partidos para a composição da Comissão Parlamentar de Inquérito.
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O senador Alessandro Vieira (MDB/SE) voltou a cobrar nesta semana, em pronunciamento no plenário do Senado, o início dos trabalhos da CPI do Crime Organizado, de sua autoria. O requerimento já foi lido em plenário e aguarda apenas a indicação dos partidos para a composição da Comissão Parlamentar de Inquérito. Para Alessandro, a urgência do tema não permite mais adiamentos.
Ele destacou que o Brasil enfrenta uma escalada da violência, marcada pelo assassinato do ex-delegadogeral de São Paulo, Rui Ferraz Fontes, pioneiro no combate ao PCC, executado na segunda-feira, dia 15, em via pública, numa ação típica do crime organizado. “Eu vivi o suficiente para ver um Congresso Nacional se manifestar com indignação pelo assassinato de um ativista americano do outro lado do continente, mas silenciar diante da execução brutal de um servidor policial civil, com 40 anos de serviços prestados. Essa omissão é inaceitável. Nada pode ser mais urgente do que resgatar nosso país do crime organizado”, afirmou Alessandro Vieira.
O senador reforçou aindaa gravidade do contextopolítico, em que a Câmara dosDeputados discute a chamadaPEC da Blindagem, quebusca criar novas barreiraspara dificultar investigaçõescontra políticos. “Enquantoo crime organizado avançae tira vidas, inclusive dequem dedicou a vida aproteger a sociedade, vemoso Congresso discutindopropostas vergonhosaspara blindar criminosos decolarinho branco e de brochebonito. Isso é um tapa na carados brasileiros”, criticou.
Autor da CPI, Alessandro Vieira ressaltou que oenfrentamento ao crimeprecisa ser amplo, atingindotanto o tráfico armado quedomina territórios e ceifa vidasnas ruas quanto a corrupçãoe os esquemas que minamas instituições por dentro.“O Brasil precisa combater ocrime organizado em todasas suas formas: o do fuzilque aterroriza comunidadese o do colarinho branco quese esconde atrás do poder.Só assim vamos devolver aocidadão o direito de viver emsegurança e confiança nassuas instituições”, concluiu osenador.