05/07/2018 as 07:24

Cobertura

Saúde alerta para baixa procura de vacinas em Sergipe

Os números inferiores a meta preconizada, que é de 95%, tem sido pauta de todos os gestores e coordenadores municipais de saúde.

COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Saúde alerta para baixa procura de vacinas em SergipeFoto: Divulgação

De acordo com a coordenadora do Núcleo de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Mércia Feitosa, a cobertura de vacinas contra doenças imunopreviníveis, como é o caso do sarampo e da poliomelite, está abaixo da meta em Sergipe, assim como acontece no restante do país. O resultado foi contastado pela pasta, apesar dos esforços da Secretaria, que tem feito seu papel, fornecendo a vacina aos municípios e capacitando profissionais na rede de prevenção, por meio de campanhas informativas.

Segundo Mércia Feitosa, os números inferiores a meta preconizada, que é de 95%, tem sido pauta de todos os gestores e coordenadores municipais de saúde, que devem trabalhar para prevenir que as baixas coberturas possibilitem o retorno de doenças como o sarampo e poliomielite, esta erradicada no Brasil há 28 anos.

“Quando atingimos acima de 95%, temos a cobertura não só daquela criança que foi vacinada. Funciona como um cinturão de imunização, conhecido como cobertura de rebanho. Mas quando existe a baixa, as pessoas ficam suscetíveis ao contágio no momento em que tiverem contato com o vírus. Esperar uma demanda espontânea, que é aquela em que a mãe leva a criança até a unidade de vacinação, não está surtindo o efeito desejado. Estamos orientando os municípios a trabalharem nesta perspectiva para conscientizar essas mães”, explica Mércia.

A coordenadora ressalta ainda que há um sistema de informação que facilita muito saber qual criança deveria ter sido vacinada e não foi. “Ele possibilita que a criança seja resgatada para tomar a vacina, nosso principal alvo. Estamos em constante diálogo com os municípios, para campanhas de conscientização e busca ativa. Já estamos fechando nosso calendário de divulgação sobre a importância da vacinação, orientações sobre as doenças imunopreviníveis e, no mês de agosto, a campanha anual de vacinação contra a paralisia infantil acontecerá”, conclui.

TRANSMISSÃO E PREVENÇÃO

A poliomielite não tem tratamento específico. A transmissão pode ocorrer de uma pessoa para outra por meio de saliva e fezes, assim como água e alimentos contaminados. No entanto, a doença deve ser prevenida por meio da vacinação. A vacina é aplicada nos postos da rede pública de saúde.

A vacina contra a poliomielite oral trivalente deve ser administrada aos 2, 4 e 6 meses de vida. O primeiro reforço é feito aos 15 meses e o outro entre 4 e 6 anos de idade. Também é necessário vacinar-se em todas as campanhas. A próxima Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite ocorrerá de 6 a 31 de agosto.

Para sarampo, pessoas de todas as idades podem ser vacinadas. O Ministério da Saúde disponibiliza duas doses para os indivíduos entre 12 meses e 29 anos. Na rede pública, também é possível a vacinação gratuita até os 49 anos (nesse caso, uma dose é administrada).

Gestantes, casos suspeitos de sarampo, crianças menores de seis meses de idade e pessoas imunocomprometidas (com doenças que abalam fortemente o sistema imune) não devem ser vacinadas. Duas doses valem para a vida inteira. Quem já teve a doença também está protegido.