13/07/2018 as 11:21

Saúde

Sergipe registra mais de 90 casos de hepatites

Para cada tipo de hepatite há uma forma diferente de transmissão.

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Do ano de 2010 até hoje, a quantidade de casos de pessoas diagnosticadas com algum tipo de hepatite viral tem variado bastante, mas continua preocupando a saúde pública. Somente nos primeiros seis meses de 2018 já são 91 casos de hepatites registradas em Sergipe, sendo a maior parte a do tipo C, a mais agressiva, podendo avançar para cirrose hepática e câncer de fígado. Neste mês de julho o país está mobilizado para campanhas de conscientização voltadas às hepatites A, B e C, como forma de alerta para a prevenção das patologias.

De acordo com o gerente do Programa IST/Aids da Secretaria Estadual da Saúde (SES), o médico sanitarista Almir Santana, para cada tipo de hepatite há uma forma diferente de transmissão da doença. Por exemplo, a hepatite A pode ser adquirida por meio de água contaminada, falta de saneamento básico.

“Embora ela não seja tão agressiva, provoca inflamação no fígado como todas as outras. A prevenção para esse tipo de hepatite é ter cuidado com o consumo de água, ter boas condições de saneamento, evitar o contato com água contaminada ou que tenha alto índice de coliformes fecais. Também outro tipo de transmissão da hepatite A é pelo sexo oral anal, por causa do ânus com fezes em contato com a boca”, alerta o doutor.

Já a hepatite B a transmissão é possível por meio de ato sexual com pessoa infectada sem o uso de preservativo, além de ser transmitida também por sangue infectado. Esse tipo de hepatite é um pouco mais preocupante, pois além de provocar infecção no fígado pode também levar à icterícia, que é o acúmulo de pigmentação amarelada nos olhos e na pele. Outro sintoma da doença é a urina que também fica com a cor alterada, podendo chegar a um tom amarronzado, além de as fezes se manterem esbranquiçadas. Para evitar esse tipo de doença, é importante as pessoas se manterem conscientes da importância do uso da camisinha em relações sexuais.

Hepatite C é a mais preocupante, segundo o Dr. Almir, pois ela pode avançar para a cirrose hepática, quando o fígado para de funcionar e pode levar ao câncer no órgão. A principal forma de transmissão é a partir do sangue. “É possível pegar hepatite C em qualquer procedimento que envolve furar ou cortar a pele. Por isso a nossa preocupação com salão de beleza, barbearias, estúdios de tatuagem e piercing, e também nos serviços de saúde que envolve seringa e agulha. É preciso ter cuidado com o uso de instrumentos cortantes. Ter o próprio kit de manicure para usar nos salões”, reforça o gerente.

Laís de Melo/Equipe JC