06/06/2019 as 10:20

Queimaduras

Huse atende 273 vítimas em 5 meses

Somente de janeiro a maio deste ano já foram registradas 273 vítimas de queimaduras no hospital. No período junino deve aumentar fluxo de pacientes no hospital.

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Queimaduras são feridas traumáticas causadas, na maioria das vezes, por agentes térmicos, químicos, elétricos ou radioativos. São classificadas de acordo com a sua profundidade e tamanho, sendo geralmente mensuradas pelo percentual da superfície corporal acometida. No Dia Nacional de Luta contra as Queimaduras, celebrado hoje, 6 de junho, profissionais da Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ) do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), fazem um alerta para os cuidados e principalmente a prevenção dessa lesão. Somente de janeiro a maio deste ano já foram registradas 273 vítimas de queimaduras no hospital. 


No período junino, o pronto Socorro do Huse recebe centenas de vítimas de queimaduras, em sua maioria por fogos de artifício, bem como por acender a fogueira de forma incorreta e descuidada. A coordenadora da cirurgia plástica do Huse, Moema Santana, explicou o planejamento para receber as possíveis vítimas nesse período e a nova estrutura da UTQ, que passou por reformas.
“Estamos esse ano com a unidade totalmente reformada e com novos equipamentos que darão o suporte necessário para o atendimento. A maioria dos pacientes não precisa dessa unidade e isso é importante destacar. O primeiro atendimento é no Trauma e uma sala específica de procedimentos é preparada no Pronto Socorro com medicação, maca, curativos especiais, todo material cirúrgico, profissionais e todo o suporte que precisam. A cada ano, a gente espera que os números sejam reduzidos”, explicou a médica. 

Estatística- Em 2015 foram registrados no Huse, durante o mês de junho, 67 vítimas de queimaduras. Em 2016, esses números chegaram a 86 pacientes, em 2017 foram 119 vítimas no período junino e em 2018 esse número foi de 104 pacientes, sendo que, desse total, foram 72 vítimas de queimaduras e 45 especificamente de fogos de artifício, sendo destes, 23 crianças. 
A gerente da UTQ do Huse, Elmara Salgado, ressaltou que a equipe também já está preparada para o aumento do número de atendimentos que chegam na unidade nessa época do ano.


“Equipe preparada como todos os anos e é importante frisar que sem ela nada aconteceria, a equipe multidisciplinar da UTQ faz a diferença. Tivemos um curso de atualização para atendimento ao paciente queimado e esse curso só vem para somar. Precisamos realmente dessa força das unidades regionais, que elas identifiquem a necessidade do primeiro atendimento, de vir ou não para o Huse, mas, se vier, estamos preparados para o atendimento”, frisou Elmara.


Os municípios com maior incidência de queimadura: Aracaju, seguido de Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão, Estância, Lagarto, Itabaianinha, Tomar do Geru, Itaporanga D’Ajuda, Itabaiana, Laranjeiras e Umbaúba.
Em Aracaju, os bairros com maior incidência são: Santa Maria, Santos Dumont, Bugio, Lamarão, Siqueira Campos, Olaria, bairro Industrial, bairro América e São Conrado.


Os casos que mais chegam são vítimas que se queimaram acendendo fogueira, soltando fogos e preparação de alimentos quentes com as crianças em volta da fogueira, além das sobras de fogos que não estouraram.


A médica diarista da UTQ, Heloísa Lazaro, explicou a importância do atendimento pré-hospitalar e a forma correta do transporte do paciente queimado. “Como a gente aumenta muito a estatística de queimados nessa fase, é importante fazer um atendimento mais específico. O queimado é um paciente que você deve ter um atendimento rápido e precoce. Saber distinguir os tipos de queimaduras e o primeiro tipo de atendimento que vai ser dado a ele para que já chegue até a gente melhor encaminhado. É importante bater na tecla que o paciente deve ser hidratado e diminuir o risco de mortalidade. Isso é o que deve ser feito de tratamento imediato”, concluiu.