24/07/2019 as 14:42

OBESIDADE

Viver Mais Leve: projeto para enfrentamento da obesidade inicia em Aracaju

Projeto é dividido em fases e conta com um aplicativo para acompanhamento

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Viver Mais Leve: projeto para enfrentamento da obesidade inicia em AracajuFoto: SMS

Para enfrentar uma das maiores epidemias da atualidade no Brasil, a obesidade, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) fechou uma parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS) para implantar o projeto Viver Mais Leve. Na tarde desta terça-feira, 23, técnicas do Programa Saúde do Adulto e alunos do curso de Medicina iniciaram a fase piloto com visitas às unidades básicas de saúde (UBS) Santa Terezinha, Niceu Dantas e João Bezerra.

De acordo com a coordenadora da Área de Promoção e Ações Intersetoriais da SMS, Patrícia Ribeiro Rocha, em setembro do ano passado houve uma seleção de projetos, um para cada estado do país, através do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), visando o enfrentamento da obesidade.

“O projeto Viver Mais Leve da UFS foi o selecionado para Sergipe e integra ações de promoção à saúde, prevenção e controle da obesidade em Aracaju, por meio da parceria com a SMS, que já disponibilizou as unidades de saúde, os polos do Programa da Academia da Cidade (PAC) e os Núcleos Ampliados de Saúde da Família (Nasf’s) como área de atuação do projeto”, informou a coordenadora da Área de Promoção e Ações Intersetoriais da SMS, Patrícia Ribeiro Rocha.

 

FASES

A coordenadora do projeto, a médica e professora de Endocrinologia do curso de Medicina da UFS, Karla Rezende, explica que a execução ocorrerá em várias fases. “Esta semana será realizado um piloto nas UBS e em agosto começa a fase um, que é a avaliação de como está a unidade, o profissional de saúde, o gestor e o paciente. Treinamos primeiro os alunos, tirando dúvidas do questionário a ser aplicado, que envolve qualidade de alimentação, prática de exercícios, as doenças que o paciente tem. Enfim, nessa fase queremos conhecer melhor a população usuária do SUS Aracaju”, explicou.

Na segunda fase as equipes de Saúde das unidades, dos Nasf’s e dos polos da Academia da Cidade serão treinadas. “Na prática, o projeto visa que o usuário seja acolhido, que haja um olhar para a qualidade de alimentação e a saúde física. O índice de massa corpórea (IMC) do usuário será analisado na unidade e serão implantadas medidas individuais e coletivas do controle do peso. As individuais na consulta médica, por exemplo, e as coletivas através do Viver Mais Leve”, acrescentou a professora da UFS.

O projeto Viver Mais Leve terá encontros quinzenais durante três meses, ou seja, os pacientes entram no programa e fazem, em média, 10 sessões. Cada uma tem um tema específico que vai desde como montar o seu prato até autocuidado, autoestima, motivação e exercícios.

 

INTERATIVIDADE

Além disso, o projeto contará com a implantação de um aplicativo para celular, a partir do qual o paciente poderá interagir com a equipe de Saúde da Família de forma não presencial. Com este aplicativo, a equipe de saúde coloca informações sobre os temas relevantes para o projeto.

“É uma forma interativa que não existia. Uma aproximação do usuário com a equipe e o gestor. Quando o paciente colocar o peso e a altura no aplicativo, por exemplo, de forma imediata receberá o IMC, os riscos à Saúde, de acordo com as possíveis comorbidades decorrentes do peso, e várias informações adicionais para uma orientação mais eficiente. Tudo isso com uma interface bem intuitiva, que separa em cores o estado de cada um - do verde (bom) ao amarelo (risco mediano) e vermelho (alto risco)”, ressaltou a coordenadora.

O aplicativo servirá também para o monitoramento da própria unidade. Se o participante for para a unidade de saúde e depois para o polo da Academia da Cidade, será possível que os profissionais marquem a presença, o que também aumentará a precisão na hora da análise dos resultados. “Depois de implantado tudo isso, o que acreditamos que durará cerca de um ano, partiremos para a terceira e última fase, que será a análise dos dados, a avaliação final e a publicação dos resultados”, finalizou Karla.