11/10/2019 as 12:11

Saúde

Nutricionista alerta para o combate

Hoje, 11 de outubro, é o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade Infantil, uma doença crônica que pode e deve ser tratada.

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Hoje, 11 de outubro, é o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade Infantil, uma doença crônica que pode e deve ser tratada. O objetivo desta data é conscientizar a população sobre os cuidados necessários para combater esta doença, que no Brasil afeta 19,8% das pessoas com essa enfermidade e que já preocupa médicos e especialistas. Com as crianças a situação também não é diferente e cerca de 80% dos casos de obesidade infantil estão relacionados com alimentação errada. Por isso, a nutricionista pediátrica do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), Maria de Lourdes Alves, alerta aos pais quanto aos perigos de uma alimentação irregular para as crianças e reforça medidas de combate à obesidade.

“Excesso de alimentos industrializados, ricos em açúcares e gorduras, além da irregularidade nos horários das refeições, contribuem para aumentar essas estatísticas. Fruta dá trabalho, demora a fazer o suco e mesmo que seja da fruta as mães adoçam demais.

Quando a criança chega aqui na pediatria o paladar dela está totalmente alterado, sempre pede mais açúcar. Outra questão é o mingau com multicereais: eles são ricos em açúcares e as mães ainda acrescentam mais”, explicou a nutricionista. Ela informa ainda que quando a criança chega à pediatria é realizado um trabalho de conscientização nutricional. As mães são orientadas sobre a importância da alimentação mais saudável para que a criança não adoeça com muita frequência. A partir do diagnóstico, é iniciado um trabalho de conscientização com as mães. “Esse trabalho de conscientização não é fácil, nem para a mãe, nem para a criança, muito menos para a equipe, já que ela está acostumada a comer lanche. O ambiente é diferente de casa, de onde ela está acostumada a conviver, mas a gente também vê grandes resultados aqui”, enfatizou Maria de Lourdes.

 


Cardápio

O cardápio servido na Pediatria do Huse é variado, além de ser nutritivo. As crianças têm a possibilidade de escolher as frutas, por isso os nutricionistas, além de servirem frutas regionais (banana, melancia, melão, tangerina, mamão), oferecem outras opções, como pera e ameixa. Há ainda o café da manhã, em que são servidos alimentos como macaxeira, batata-doce, inhame, banana-da-terra e arroz-doce, entre outros. Outro ponto importante é a criança se alimentar e aprender a comer junto com a mãe para que seja estimulado. Na Pediatria do Huse são fornecidas seis refeições: café da manhã, colação (lanche da manhã), almoço, lanche da tarde, jantar e a ceia (lanche noturno). É servido suco da fruta, não industrializado. Para a criança que está acima do peso é oferecido iogurte desnatado, já para a criança diabética, o suco é diet.

“Para as crianças que estão abaixo do peso, com anemia ou com alguma necessidade mais elevada de vitaminas e minerais, o hospital também fornece suplementos que são os nutricionais e elas se recuperam muito bem, até aquelas que chegam com problemas de verminose”, ressaltou a nutricionista. É fundamental criar a rotina, esse alerta é dado pela nutricionista pediátrica. “A alimentação tem que ser saudável para todos. É preciso criar a rotina de comer a cada três horas e não quando sentir fome, pois isso vai acarretar em problemas nutricionais”, concluiu.