12/12/2019 as 08:16

Imunização

Falta vacina pentavalente em Sergipe

Por esse motivo, imunização contra difteria, tétano, coqueluche e hepatite B está comprometida

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Desde o mês de julho, o Brasil sofre com a falta da vacina pentavalente, devido à reprovação de alguns lotes no teste de qualidade feito pelo do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Inclusive, essa informação consta na página oficial do Ministério da Saúde (MS).

Em Sergipe, a situação não é diferente. Mesmo com a compra feita pelo Ministério da Saúde em outro laboratório, o prazo de entrega foi demorado e os municípios sergipanos já estão sem a imunização.

De acordo com a enfermeira Ana Lira, da Gerência de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde, a última leva da vacina chegou no dia 24 de outubro e foi repassada aos municípios. Além disso, a responsabilidade pela compra de vacinas é do Governo Federal.

“A Secretaria de Estado da Saúde hoje não tem vacina pentavalente em estoque. Todas as nove mil doses recebidas no dia 24 de outubro foram distribuídas para os municípios. Estamos no aguardo de recebimento de mais doses. A falta da vacina é nacional. Os estados não compram vacinas, apenas recebem diretamente do Ministério da Saúde, que faz a compra e repasse das doses”, explica Ana Lira.

Vale ressaltar que Sergipe, para se manter com a vacinação em dia, necessita entre 15 mil e 20 mil doses da vacina, mensalmente, sob risco de desabastecimento dos 75 municípios.

A vacina pentavalente garante a proteção contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria haemophilus influenza tipo b, responsável por infecções no nariz, meninge e na garganta. Para ofertar a pentavalente no calendário de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS), o Brasil compra a vacina via Fundo Estratégico da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), uma vez que não existe laboratório produtor no país.

A imunização é aplicada nas crianças aos dois, quatro e seis meses de idade. Os reforços e complementações em crianças a partir de um ano são realizados com a vacina adsorvida difteria, tétano e pertússis (DTP) e o Brasil demanda, atualmente, de 800 mil doses mensais da pentavalente.

O Ministério da Saúde solicitou a reposição do fornecimento à Opas. No entanto, não há disponibilidade imediata da vacina pentavalente no mundo. A compra de 6,6 milhões de doses começou a chegar de forma escalonada em agosto no Brasil. Apesar da previsão de normalidade para o mês de novembro, os municípios seguem sem a imunização em seus estoques.