07/04/2020 as 08:08

Tratamento

Ainda sem vacina, principal aposta contra o coronavírus é a cloroquina

Governo de Sergipe distribuiu o medicamento com hospitais apenas para tratamento de casos graves

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Ainda sem vacina, principal aposta contra o coronavírus é a cloroquina

Enquanto o mundo busca uma vacina que possa combater o Covid-19, popularizado como coronavírus, a atenção dos principais noticiários se volta para um medicamento que tem se destacado como poderoso em alguns casos da doença.

Ainda sem eficácia comprovada, a cloroquina tem ação antiviral e também anti-inflamatória. Ela é usada no tratamento de lúpus, artrite reumatóide e malária e está em fase de testes a China, na França, Austrália e Estados Unidos.

Em Sergipe, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), distribuiu na última sexta-feira, 3, com hospitais públicos e privados que possuem Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), 2.080 comprimidos de cloroquina para o tratamento de pacientes graves infectados pelo novo coronavírus. Foram destinadas 1.500 unidades para a rede hospitalar pública e 580 para a privada. 

Os comprimidos foram enviados pelo Ministério da Saúde (MS) e repassados para os Hospitais de Urgência de Sergipe (Huse), Cirurgia, Universitário de Lagarto, Universitário de Sergipe, Regional de Itabaiana, Regional de Estância e Zona Sul de Aracaju, bem como para os hospitais Primavera, Renascença e Unimed. O Gabriel Soares e o São Lucas ficaram de fazer a retirada da sua cota ontem, 6, no Centro de Abastecimento e Distribuição de Insumos e Medicamentos (Cadim) da SES. 

Os comprimidos de cloroquina repassados às unidades hospitalares vão garantir 104 tratamentos, conforme informou a coordenadora da Assistência Farmacêutica da Secretaria de Estado da Saúde, Juliana Oliveira. Segundo ela, não há uma previsão de nova remessa de comprimidos pelo Ministério da Saúde, mas salientou que o Governo do Estado está comprando o seu próprio medicamento para assegurar o abastecimento das unidades públicas. Ela acredita que os hospitais particulares devem fazer o mesmo para garantir que não falte o produto para os seus pacientes. 

“A cloroquina é utilizada como terapia adjuvante no tratamento de formas graves do Covid-19 e será ministrada de acordo com o protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde, que prevê a utilização de 18 comprimidos por tratamento”, explicou a coordenadora.

Mas, estudos acendem o sinal de alerta em relação ao medicamento. Apesar de ter inibido a entrada do vírus nas células e também os estágios posteriores da infecção, pode provocar cegueira, problemas cardíacos e no fígado.