09/04/2020 as 16:56

SAÚDE

Automedicação pode causar dependência e esconder enfermidades

A ingestão de medicamentos sem receituário médico pode causar intoxicações e esconder sintomas de outros problemas de saúde

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Tomar remédios por conta própria pode trazer problemas maiores a quem já está doente. A automedicação, muitas vezes vista como uma solução para o alívio imediato de alguns sintomas, pode acarretar consequências graves. A ingestão de medicamentos sem receituário médico pode causar intoxicações e esconder sintomas de outros problemas de saúde.

“Se o remédio for antibiótico, a atenção deve ser redobrada, já que essas drogas usadas de forma descontrolada, podem, ao invés de ajudar, aumentar a resistência de microrganismos. Infelizmente, as pessoas já se habituaram a tomar remédio sem prescrição médica. Abusam de analgésicos, antialérgicos, antibióticos e não se preocupam com os resultados negativos que podem surgir”, observa a coordenadora do curso de Farmácia e Biomedicina do Centro Universitário Maurício de Nassau, em Aracaju, Alyne Dantas Lima.

Ela adverte que é preciso ter controle sobre o uso de medicamentos e buscar saber os motivos de sintomas persistentes como dor e febre. “Ingerir medicação por conta própria é um dos exemplos de uso indevido de remédios, considerado um problema de saúde pública no Brasil e no mundo”, destaca a coordenadora. Alyne afirma que outra preocupação em relação ao uso de medicação, se refere à combinação inadequada. Neste caso, o uso de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro, é preciso ter muito cuidado”, alerta a farmacêutica.

Além dos cuidados já aconselhados, Dantas adverte que o uso de remédios, de maneira incorreta ou irracional, pode trazer, consequências como dependência química e até a morte. “Os medicamentos devem ser utilizados segundo as necessidades clínicas, em doses e períodos adequados”, observa a farmacêutica.

Dados da Organização Mundial de Saúde alertam que, em todo o mundo, mais de 50% de todos os medicamentos receitados são dispensáveis ou são vendidos de forma inadequada. “Cerca de 1/3 da população mundial tem carência no acesso a medicamentos essenciais. Em todo o mundo, 50% dos pacientes tomam medicamentos de forma incorreta”, ressalta Alyne.

Fonte: Uninassau
Foto: Jadilson Simões