Covid-19: número de servidores infectados sobe para 1.400

No dia 8 de dezembro deste ano, o JORNAL DA CIDADE apontou que o número de servidores públicos infectados pela Covid-19 era incerto no Governo de Sergipe. Passadas três semanas, muitos órgãos ainda desconhecem o quantitativo de profissionais que contraíram a doença. Do dia 8 de dezembro até agora, levantamento aponta que o número de infectados subiu: passou de 1.177 para quase 1.400 positivados.

Na Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade (Sedurbs), o JC apurou que não há informação sobre o número de contaminados desde o início da pandemia, mas que dois servidores que atuavam no órgão morreram em decorrência da doença. “Todos os órgãos, exceto a Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas (Cehop), que tem uma liminar judicial impedindo o trabalho daqueles com idade superior a 60 anos, estão trabalhando com 50% de efetivo em escala de rodízio”, informou a assessoria da Sedurbs. Entre os servidores da Segurança Pública a situação é diferente e muitos já contraíram a doença. Na Polícia Militar já foram confirmados 914 casos, sendo que 904 estão curados, 63 estão em investigação e duas pessoas morreram.

No Instituto de Criminalística, até o momento 68 servidores foram contaminados e curados da doença, oito estão em isolamento, 14 afastados por suspeita, um está internado na UTI e também foi registrado um óbito. Todos os servidores seguem trabalhando normalmente, mas houve alteração na escala de trabalho visando diminuir a exposição dos servidores que trabalham em regime de plantão. No Instituto Médico Legal (IML), 21 casos da doença foram confirmados desde o início da pandemia até ontem, dia 29.

Dois servidores seguem em isolamento e houve o registro de um óbito. Entre os profissionais da Polícia Civil, até o momento 276 servidores testaram positivo; 270 curados já estão curados e seis estão afastados para se tratarem da doença. Também procuramos o Corpo de Bombeiros de Sergipe, que informou que até o momento 98 bombeiros tiveram a doença, somente neste mês de dezembro, sete servidores haviam sido contaminados. Estão em isolamento 14 e felizmente nenhum óbito foi registrado. No Instituto de Análises e Pesquisas Forenses Luiz Bispo (IAPF), dois peritos foram contaminados neste mês e um funcionário aguarda o resultado do exame.

O instituto, no entanto, não informou o número de contaminados em sua totalidade. Também não houve a ocorrência de óbitos. Apesar de concentrar um grande número de servidores, a Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc) informou que não tem dados quanto ao número de infectados pela Covid-19. Segundo a assessoria, a “Seduc não tem esses dados gerais porque todos que testaram pra Covid estão assintomáticos com atividades remotas”, informou. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), não há como saber quantos servidores testaram positivo, porque nem todos os exames são feitos no ambulatório, alguns estão fazendo nas unidades básicas e outros em rede privada. “Os servidores suspeitos são orientados a procurar os serviços de sua preferência (Ipes, SUS ou convênios privados). “Mas também foi montado, pela Secretaria de Estado da Saúde, o Ambulatório do Servidor.

O local onde ele fará a coleta fica a critério de cada um”, informou a assessoria da SES. No âmbito da Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social (Seias), desde a segunda quinzena de novembro foram realizados 50 testes em servidores, dos quais 31 testaram positivo e foram afastados das funções laborais, permanecendo em isolamento domiciliar pelo tempo determinado.

Em período anterior, outros 15 positivos haviam sido identificados. “A Seias segue adotando todos os protocolos de segurança, disponibilizando insumos para proteção, mantendo servidores do grupo de risco em home office e realizando desinfecções periódicas”, informou. Na Secretaria de Comunicação do Governo, oito funcionários se contaminaram no mês de dezembro, mas já se recuperaram e voltaram ao trabalho. O setor trabalha com efetivo reduzido, com parte do pessoal em home office.

| Foto: Breno Esaki/Agência Saúde