Novo coronavírus demanda atenção

Conforme os últimos dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Estado de Sergipe apresentava, até a semana passada, uma taxa de transmissão do coronavírus de 0,5.

A taxa de transmissão é o dado que mostra como o vírus tem se propagado entre as pessoas. Secretária da Saúde de Aracaju, a médica Waneska Barboza explica que essa taxa informa o quanto uma pessoa vai transmitir, ou seja, quantas pessoas. “Quando a gente diz que a taxa é de 0,5, quer dizer que cada cem transmitem para 50 pessoas”. “No momento de pico, tínhamos uma taxa de transmissão extremamente alta, mais de um, ou seja, cada cem pessoas transmitiam para mais de cem pessoas. Hoje a taxa é bem reduzida. Quando a taxa está abaixo de um significa que ela está controlada, mas ainda não temos 100% do controle e isso precisamos frisar”, ressalta a secretária municipal da Saúde, Waneska Barboza.

De acordo com a gestora municipal, Aracaju está em queda com relação ao número de casos, internações e óbitos por Covid-19. “Temos observado uma redução dos positivados, o que reflete essa taxa de transmissão baixa. Na semana passada, que corresponde à 36ª semana pandêmica, foi registrado que em torno de 0,8% dos exames têm dado positivo, o que evidencia, realmente, que temos uma queda. E isso é consequência do trabalho que vem sendo feito pela prefeitura, durante todo esse período”, salienta Waneska.

A secretária destaca pontos essenciais do planejamento realizado pela gestão municipal para obter o controle da pandemia, a exemplo da testagem da população e, principalmente, o avanço da vacinação. “Aracaju já vacinou 81,03% da população geral, com, pelo menos, uma dose do imunizante contra a Covid-19. Além disso, mantemos o programa TestAju, que promove a testagem em pessoas, inclusive, assintomáticas. Fazemos um levantamento dos bairros pela incidência dos casos e mandamos as equipes três vezes por semana para testar a população e temos obtido êxito no isolamento das pessoas por conseguirmos um resultado mais rápido dos testes, que é disponibilizado em 20 minutos”, pontua a gestora.

Ainda que tenha o olhar otimista para o cenário do momento, a secretária não deixa de ter o pensamento realista, sobretudo quando dentro da realidade permeia um vírus. “Vemos a baixa circulação do vírus porque ele está tentando se transmitir entre as pessoas, mas tem encontrado resistência, que é a vacinação, e isso é bom porque evita que mais pessoas sejam contaminadas ou que evoluam para internação ou óbito”, diz. Segundo Waneska, é natural que, ao encontrar resistência, o vírus faça mutações para, justamente, encontrar as facilidades no organismo imunizado. “Por isso a vacina é tão importante. Se diminuímos a recepção, obviamente diminuímos a transmissão, a passagem para outras pessoas. Ainda não vencemos o vírus, ainda estamos lutando contra ele, tanto é que vamos iniciar uma fase de reforço para quem tomou a segunda dose da vacina há mais de seis meses, e nosso esforço é por garantir a vacinal geral da população e continuar vigilantes e seguindo as medidas de biossegurança”, completa.

|Foto: Marcelle Cristinne/Divulgação