Cerca de 10 mil pessoas vivem com HIV/Aids em Sergipe

Os casos de HIV/Aids em Sergipe continuam crescentes, conforme aponta o gerente do Programa IST/Aids da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Almir Santana. O médico acompanha diariamente a rotina de pacientes que enfrentam a doença no estado e afirma que a média é de um caso por dia e 300 novos diagnósticos por ano.

Ao total, cerca de 10 mil pessoas vivem com HIV/Aids em Sergipe. No entanto, nem todos encaram o tratamento de maneira correta. Muitos, segundo Almir, abandonam no meio do caminho, ou sequer sabem que precisam, pois não têm conhecimento que possuem o vírus. A subnotificação de casos em Sergipe é de cerca de 15%. Além disso, dos 10 mil diagnosticados, somente 8 mil estão em tratamento. Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aprovou um novo medicamento para o tratamento do HIV, que é a combinação de duas sustâncias (lamivudina e dolutegravir sódico) em um único comprimido. Será uma dose diária de dois antirretrovirais.

Para Almir Santana, o remédio poderá incentivar a adesão ao tratamento contra a doença. “Existem muitas pessoas que abandonam o tratamento, interrompem. Então essa novidade vai ajudar nesse sentido. Já temos a evolução da redução na quantidade de comprimidos, e agora essa aprovação acho importante, para que as pessoas possam aderir melhor ao tratamento, porque quem usa a medicação e abandona, a infecção volta a se manifestar”, explica o médico.

Ainda conforme Almir Santana, apesar da campanha de incentivo ao uso de preservativos, muitos insistem em não se proteger. “Uma parte da população que não quer mudar comportamento. A camisinha está aí disponível, mas tem gente que não quer usar. Tem também fatores da pobreza, que também influenciam no aumento de casos. São vários fatores, incluindo o fato de termos aumentado a testagem, consequentemente, estamos descobrindo mais casos”, disse. Em Sergipe, os hospitais regionais e o Hospital de Urgência Gov. João Alves Filho, localizado em Aracaju, atendem casos de urgências. Além disso, na capital também há o Centro de Referência, localizado na Rua Bahia, que possui ambulatório para IST/ Aids, assim como o Hospital Universitário.