13/11/2024 as 14:33
MOSQUITOInformação foi anunciada pelo prefeito Edvaldo Nogueira nesta quarta-feira (13), durante a coletiva de imprensa.
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Aracaju alcançou o melhor resultado no combate ao Aedes aegypti dos últimos 21 anos. A informação foi anunciada pelo prefeito Edvaldo Nogueira nesta quarta-feira (13), durante a coletiva de imprensa em que apresentou os dados referentes ao último Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2024. Segundo a avaliação, a capital sergipana registrou um índice de infestação de 0,6, considerado baixo risco para surtos de arboviroses, superando o indicador do ano passado, que foi de 0,8.
O prefeito Edvaldo Nogueira destacou a importância de manter a cidade com baixos índices de infestação. "Fico muito feliz com esse resultado, que é um reflexo de um trabalho contínuo ao longo dos últimos anos. Tornamos o combate ao Aedes aegypti uma política de governo, com ações diárias em todos os bairros da cidade", afirmou.
Resultado positivo, mas vigilância continua
Apesar do resultado positivo, a Prefeitura de Aracaju reforçou a necessidade de manter a vigilância, principalmente com a proximidade do verão, período propício à proliferação do mosquito. O secretário municipal da Saúde, João Vitor Burgos, destacou a importância da colaboração da sociedade no combate ao mosquito. "Esse índice é fruto de um trabalho conjunto. A população tem recebido bem os agentes de endemias e seguido as orientações, o que tem contribuído para o sucesso das ações", afirmou.
O 6º LIRAa de 2024 indicou que 37 dos 48 bairros da cidade estão classificados com baixo risco, enquanto 11 bairros apresentaram médio risco. Nenhum bairro foi classificado com alto risco. A diretora de Vigilância em Saúde de Aracaju, Taise Cavalcante, informou que houve uma redução de 70% nos casos confirmados de dengue em comparação ao ano anterior, mas ressaltou que a cidade não pode se descuidar. "Os focos de infestação ainda estão principalmente dentro das casas. Por isso, é fundamental que todos continuem atentos e evitem a acumulação de água parada", alertou.
Principais focos de infestação
Os principais criadouros do Aedes aegypti em Aracaju foram os depósitos de água nas residências, como tonéis, caixas d'água e lavanderias, que representaram 61,7% dos focos encontrados. Pequenos recipientes, como vasos e pratos de plantas, contribuíram com 36,7% dos focos, enquanto resíduos e entulhos nos quintais representaram 1,7%. Importante notar que, durante o levantamento, não foram encontrados focos em terrenos baldios.
Ações de combate
Para combater a proliferação do mosquito, a Prefeitura tem realizado mutirões de limpeza e visitas domiciliares, com o apoio da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb). Em 2024, já foram realizados 30 mutirões, atendendo 21 bairros. Além disso, os agentes de endemias da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizaram mais de 675 mil visitas domiciliares e trataram 6.572 pontos estratégicos na cidade. A aplicação de fumos e inseticidas também segue sendo realizada em áreas críticas.
O coordenador do Programa Municipal de Combate ao Aedes aegypti, Jeferson Santana, lembrou que os mutirões continuarão até o final do ano, assim como as visitas diárias das equipes de agentes de saúde. "Nosso trabalho não para. A população precisa continuar vigilante para que possamos manter Aracaju com baixos índices de infestação", afirmou Santana.
Embora o cenário seja positivo, as autoridades alertam que o trabalho de prevenção deve continuar, especialmente no período de maior risco, para evitar a proliferação do mosquito e a possibilidade de surtos.