13/11/2024 as 14:54
LIVREEm 2016, país já havia alcançado status, mas em 2018 as baixas coberturas vacinais permitiram reintrodução do vírus.
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Após cinco anos, o Brasil recebeu novamente, nesta terça-feira (12), a recertificação de país livre do sarampo. A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) entregou o certificado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à ministra Nísia Trindade. Em 2016, o Brasil já havia alcançado esse status, no entanto, em 2018, as baixas coberturas vacinais permitiram a reintrodução do vírus no país. Agora, a recertificação marca a recuperação do status das Américas como uma região livre de sarampo endêmico.
O presidente Lula comemorou a conquista e ressaltou a importância do sistema de vacinação brasileiro para alcançar esse resultado. “Esse diploma é resultado da força da retomada e da competência do sistema de vacinação brasileiro”, afirmou. Ele também destacou o investimento do Governo Federal em ações estratégicas para controlar o sarampo, como campanhas de vacinação nas fronteiras, em locais de difícil acesso, e a busca ativa de casos suspeitos.
A ministra Nísia Trindade destacou que a recertificação é um reflexo do esforço conjunto de vários setores da sociedade, incluindo gestores, comunidade científica, vigilância em saúde e o parlamento. “Esse reconhecimento é uma conquista coordenada pelo governo federal, mas resultado do esforço conjunto de muitas frentes e do nosso SUS”, declarou.
Investimentos em saúde e vacinação
Em 2023, o Governo Federal investiu mais de R$724 milhões para manter a eliminação do sarampo e da rubéola, incluindo recursos para vigilância em saúde, laboratórios, imunobiológicos e capacitação de profissionais de saúde em todo o Brasil. O modelo de microplanejamento adotado pelo Ministério da Saúde, recomendado pela OMS, visa adaptar as campanhas de vacinação às necessidades específicas de cada localidade, promovendo um acesso contínuo à vacina.
Nísia Trindade também destacou o trabalho do Sistema Único de Saúde (SUS) e a dedicação dos profissionais de saúde. “Esse é um momento importante para reforçar o papel do nosso Programa Nacional de Imunizações e de toda a competência técnica espalhada pelo Brasil”, completou a ministra, enfatizando que a conquista é uma vitória de todos os envolvidos no processo.
O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente crianças e pode causar complicações graves, como diarreia intensa, infecções de ouvido, cegueira, pneumonia e encefalite (inflamação do cérebro). Algumas dessas complicações podem ser fatais. Como o sarampo continua a circular em outras regiões do mundo, o risco de reintrodução nas Américas persiste, especialmente em crianças que não estão totalmente vacinadas.
Para Jarbas Barbosa, diretor da Opas/OMS, o papel da ministra Nísia Trindade e do presidente Lula nessa conquista é fundamental. “A combinação de capacidade técnica e liderança mostra como as coisas acontecem. É inspirador ver a retomada do programa de imunizações, com o presidente da República usando o broche do Zé Gotinha, vacinando-se publicamente e incentivando a população, o que faz uma enorme diferença e serve de exemplo para que outros líderes da região também assumam esse compromisso”, afirmou.
Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), as Américas também eliminaram a rubéola e a síndrome da rubéola congênita em 2015, uma conquista que os países da região têm mantido desde então.
Com informações do Ministério da Saúde