12/12/2024 as 15:00
DEZEMBRO LARANJADentre as consequências da exposição desprotegida ao sol, o risco de insolação, que pode evoluir para um quadro de desidratação, é o mais recorrente.
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O mês de dezembro é conhecido pelas altas temperaturas e um sol escaldante característicos da estação mais quente: o verão. Com a campanha do Dezembro Laranja, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), fortalece as recomendações para a proteção do corpo contra radiação ultravioleta ao longo da vida. O objetivo principal da ação é, cada vez mais, conscientizar as pessoas acerca do tipo de câncer mais comum no Brasil e no mundo inteiro, que é o de pele.
A campanha foi criada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia para incentivar as pessoas a seguirem as orientações quanto à exposição ao sol, seja no dia-a-dia ou nas férias de verão, considerando que as praias ficam lotadas nesse período. Em 2025, especialistas preveem um verão mais intenso devido às mudanças climáticas, o que acende o alerta para que as pessoas observem com mais atenção e tomem os cuidados devidos, além de usar protetor solar.
É o que recomenda a dermatologista do Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar/Siqueira Campos), Martha Débora Lira Tenório, já que o câncer de pele é resultado da quantidade de sol que o indivíduo ficou exposto desde o dia que nasceu.
“O efeito do sol na nossa pele para fins do surgimento do câncer e do envelhecimento é acumulativo. O câncer de pele que irá surgir lá para os 60, 65 anos de idade ou até antes, é resultado do sol que a pessoa tomou desde o dia que nasceu. A gente se protege do sol tendo hábitos de fotoproteção, ou seja, o protetor solar é uma interessante e importante ferramenta, mas também é essencial evitar o horário de maior incidência da radiação ultravioleta entre 9h e 15h; ficar mais à sombra; usar roupas com proteção solar ou mesmo a roupa comum, para quem não tem condições de comprar com proteção; além de chapéus, bonés, óculos escuros, por exemplo”, exemplifica Martha.
Dentre as consequências da exposição desprotegida ao sol, o risco de insolação, que pode evoluir para um quadro de desidratação, é o mais recorrente. Por isso, é necessário manter uma rotina de consumo de muita água e evitar a exposição direta à radiação ultravioleta. Além disso, as queimaduras que causam vermelhidão e dor na pele também colaboram para um quadro de desidratação, cuja recomendação é manter hábitos de fotoproteção.
Ainda de acordo com Drª Martha Débora, alguns sintomas na pele podem ser facilmente reconhecidos e, se forem devidamente analisados por um profissional precocemente, a possibilidade de cura é maior.
“A lesão suspeita de câncer de pele apresenta uma ferida com difícil cicatrização, que sangra, melhora ou piora; o sinal, por muitas pessoas chamado de pinta, quando muda de aspecto de formato e coloração, também é uma suspeita. Casos como estes devem ter a atenção e o cuidado de um médico especialista, já que são indicadores da possibilidade do diagnóstico de câncer de pele”, destaca a dermatologista.
O diagnóstico precoce é determinante para a cura, sobretudo porque grande parte dos cânceres de pele são curáveis, porém existe um tipo menos comum chamado de melanoma. Este último é mais agressivo e pode acarretar metástase levando ao óbito ou mesmo em função de um diagnóstico tardio.
PMA