20/06/2025 as 14:19
ACNE NA MULHER ADULTAQuadro conhecido como acne da mulher adulta é mais frequente a partir dos 25 anos
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Embora muitas pessoas esperem se ver livres das espinhas após a adolescência, a realidade é que a acne pode persistir, ou até surgir pela primeira vez na vida adulta, especialmente entre mulheres. Esse quadro, conhecido como acne da mulher adulta, é mais frequente a partir dos 25 anos e costuma se manifestar na chamada “zona U” do rosto: mandíbula, queixo e pescoço.
Esse tipo de acne tende a se intensificar durante períodos de variações hormonais, como a tensão pré-menstrual (TPM), gravidez, pré-menopausa ou mudanças no uso de anticoncepcionais. Especialista no tema, a dermatologista Juliana Oliveira ressalta que os hormônios são um fator importante, mas não o único. “A exposição solar em excesso, o estresse crônico, noites mal dormidas, tabagismo, alimentação rica em carboidratos de alto índice glicêmico e o uso de cosméticos inadequados podem contribuir significativamente para o agravamento das lesões”, explica.
Além dos fatores físicos, a acne adulta pode ter impactos emocionais significativos, afetando a autoestima e o bem-estar psicológico de quem convive com o problema. A dermatologista destaca que é comum pacientes relatarem insegurança em ambientes sociais e profissionais por conta das marcas na pele. “A saúde da pele está profundamente ligada à qualidade de vida, por isso é fundamental buscar orientação médica e não tratar o problema com automedicação”, alerta.
A acne na vida adulta pode ser uma continuidade do quadro iniciado na adolescência, mas também pode surgir de forma isolada, mesmo em pessoas que nunca tiveram espinhas antes. Por isso, o tratamento precisa ser individualizado. “É essencial investigar a origem e a intensidade das lesões. Em alguns casos, produtos tópicos como sabonetes, séruns e ácidos leves são suficientes. Em outros, pode ser necessário associar terapias complementares, como antibióticos orais, medicamentos hormonais, isotretinoína ou até ajustes no anticoncepcional”, explica Juliana.
Outro ponto crucial é manter uma rotina de cuidados adequada, com produtos que limpem, hidratem e controlem a oleosidade da pele sem agredir sua barreira de proteção natural. “A escolha correta dos cosméticos, de preferência não comedogênicos, oil-free e formulados para peles sensíveis ou acneicas, pode fazer toda a diferença no controle do quadro”, orienta a médica.
Consultar um dermatologista ao notar o aparecimento ou agravamento da acne na vida adulta é sempre o melhor caminho. Com orientação profissional, é possível controlar o problema, minimizar marcas e recuperar a saúde e o equilíbrio da pele.