14/02/2022 as 11:18

ENTREVISTA

TB entrevista Arthur Costa

O nosso convidado de hoje é o publicitário Arthur Costa. Formado pela Universidade Tiradentes, ele vai contar um pouco sobre como é trabalhar para uma empresa de games de alcance global

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O nosso convidado de hoje é o publicitário Arthur Costa. Formado pela Universidade Tiradentes, ele vai contar um pouco sobre como é trabalhar para uma empresa de games de alcance global direto de Aracaju, tudo por conta da mudança profunda no mercado de trabalho forçada pela pandemia.

O segmento de tecnologia foi um dos mais impactados por essa mudança, permitindo que empresas sediadas no Sudeste passassem a contratar colaboradores espalhados pelo Brasil, aumentando a diversidade de opiniões e experiências em seus quadros. Arthur conta na entrevista com TB, um pouco mais sobre sua experiência como Analista de Performance da empresa brasileira de games Afterverse, estúdio responsável pelo jogo mobile PK XD, um sucesso mundial que já atingiu a marca de 50 milhões de usuários mensais ativos. Saiba mais sobre como ele contribui para essa engrenagem de alcance global sem sair de sua terra Aracaju.

THAÏS BEZERRA – A sua formação é em publicidade. Como se deu seu interesse pela área de games e tecnologia?
ARTHUR COSTA - Eu cresci totalmente fascinado com jogos, sempre lendo revistas especializadas em games, vivia dentro de locadoras e lan houses jogando o máximo que eu podia. Quando chegou o primeiro PC em casa, aquele mundo virtual explodiu minha mente de perguntas. O que despertava minha curiosidade era como a comunicação consegue influenciar o comportamento das pessoas. Eu nunca tinha pensado em Games como uma área de atuação por ser muito longe da minha realidade, até conhecer empresas como a Afterverse. No primeiro contato que tive com esse segmento, eu soube que queria trabalhar com isso. Era a junção ideal de tudo que me interessava em níveis profissional e pessoal.

TB – Quando ainda estava no curso, já considerava a opção de morar fora de Aracaju, ou o plano sempre foi seguir carreira na cidade?
AC - Eu venho do sertão do estado, de Nossa Senhora da Glória, e tive que vir para Aracaju para cursar, estagiar e trabalhar na área de publicidade. Eu sempre quis participar de grandes projetos, e desde o início do curso já sabia que Aracaju teria certas limitações de mercado, e que se eu quisesse seguir meus objetivos, em algum momento teria que correr e me mudar para o eixo Rio-São Paulo. Mas desde que comecei a trabalhar remotamente, o meu pensamento começou a mudar, tendo em vista que eu não preciso estar em outra região para ter acesso a um trabalho tão incrível e recompensador como eu tenho. Hoje eu ainda me vejo saindo de Aracaju, mas agora não por necessidade de mercado e sim por planos, objetivos e sonhos de vida.

TB – Você já considerava opções de trabalho remoto antes da pandemia, ou começou a se interessar pelo modelo depois que as empresas começaram a adotar cada vez mais esse formato?
AC - Sim, mas não via como uma opção muito factível, e sim como algo secundário. Pois até dois anos atrás, as empresas ainda eram muito fechadas para o trabalho remoto, eu não acreditava muito que conseguiria alguma oportunidade online, e sim somente indo até o eixo Rio-São Paulo.

TB – Como é trabalhar diariamente para uma empresa que está a mais de 2.000 quilômetros do seu local de trabalho?
AC - Simplesmente fantástico, é surreal pensar que estou a meio continente de distância dos meus companheiros de trabalho. E, mesmo assim, todos parecem estar tão perto. Tendo pessoas tão incríveis dentro de um time, acredito que podemos estar em planetas diferentes que os resultados continuarão excepcionais. Também não senti grandes diferenças do presencial para o remoto, pois temos uma cultura e comunicação muito bem definida que consegue fazer com que a gente tenha uma conexão muito rápida entre todos. Os eventos e fóruns nos aproximam bastante, parece que todos já se conhecem há um bom tempo.

TB – Você acredita que a padronização do trabalho remoto permanente pode descentralizar o acesso a vagas que costumam estar ligadas a grandes metrópoles, como na área de tecnologia?
AC - Com certeza. Descentralizar o acesso às vagas é abrir-se para novas possibilidades que antes não enxergávamos, assim como também uma melhoria na alocação de recursos do macro ao micro. Hoje em dia, a lógica de trabalho presencial não se aplica para muitos setores, nós temos todas as ferramentas e métodos para construir um trabalho melhor, por que não usá-los? Empresas sérias de verdade sabem que dar autonomia e liberdade para profissionais responsáveis só pode gerar bons frutos.