02/05/2022 as 09:45

ENTREVISTA

TB entrevista Zeq Oliver

Com 22 anos de carreira artística, seis álbuns e oito dvd’s lançados, diversas premiações, concertos e apresentações dentro e fora do Brasil

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O nosso entrevistado é Zéq’ Oliver, cantor-bacharel, pela Universidade Federal da Bahia, pianista, compositor, preparador vocal e regente de coros brasileiro, nascido na cidade de Aracaju/SE. Conhecido como: “O Diamante Negro da Música Sergipana”, Zéq’ guarda o status de ser um dos artistas de maior respeitabilidade no Estado Sergipano.

Com 22 anos de carreira artística, seis álbuns e oito dvd’s lançados, diversas premiações, concertos e apresentações dentro e fora do Brasil, incluindo teatros, arenas e programas de tvs abertos e fechados. Sua carreira internacional constam apresentações nas cidades de: Guimarães e Fafe, em Portugal e Santiago, no Chile. Em 2022, Zéq’ se prepara para se apresentar na cidade de Milão, na Itália.

Em comemoração aos seus 23 anos de carreira artística, nos dias 20 e 21 de maio, às 20h, o palco do Teatro Atheneu mais uma vez receberá o talento do artista sergipano e internacional, Zéq’ Oliver. Seu novo espetáculo: “Clássicos Inesquecíveis” - Uma Viagem Musical Autobiográfica, promete trazer ao público sergipano e aos palcos do Brasil, um espetáculo emocionante, no qual, de acordo com Zéq’, um diário autobiográfico-musical, em combinação com imagens cinematográficas, será descrito e interpretado, através dos grandes clássicos da música que marcaram sua vida, desde a infância, até os dias atuais.

Oliver será acompanhado por uma banda composta por onze músicos jazzistas e três backing-vocals femininas. Uma super-produção do Alquimia Cultural em parceria com o Instituto de Canto Zéq’ Oliver. Os ingressos estão com à venda, na bilheteria do Teatro Atheneu e no Alquimia Cultural, aos valores de: R$ 80,00 (Inteira), R$ 50,00 + 1Kg de alimento não perecível (Ingresso Solidário), R$ 40,00 (Meia). Imperdível!

THAÏS BEZERRA - Você está na produção do próximo espetáculo de sua vitoriosa carreira como cantor. Qual a expectativa?
ZEQ’ OLIVER - TB, querida, penso que uma carreira, independente da vocação, é pontuada por suas realizações do passado (que lhe dão o respeito e reconhecimento pelo que foi realizado), e por suas ações no presente (que instigam ao constante processo criativo). Considero-me um artista que não se conforma com a estaticidade; se não estou trabalhando, produzindo, criando, adoeço! Acredito que essa é a fórmula que me mantém vivo vocacionalmente, sobretudo, quando se trata de algo que seja bom para todos(as) que acompanham ou admiram meu trabalho. Essa é minha expectativa: oferecer ao meu público o “melhor” de Zéq’ Oliver na contemporaneidade. Ou seja, com a maturidade alcançada nos 23 anos de jornada artística profissional, somada a toda carga de sentimentos que permeiam este espetáculo, o qual, considero o mais importante de minha carreira.

TB - Como surgiu a ideia de realizar esse espetáculo que certamente vai surpreender o público?
ZO - A idéia do espetáculo surgiu em um momento inusitado de organização de alguns registros fotográficos de minha infância, adolescência e do período de estudos na faculdade em salvador. Olhando essas fotografias, vieram-me muitas recordações do passado, o que me impulsionaram a partilhar essas lembranças através de uma linguagem artística, resultando numa “Viagem Musical Autobiográfica”, que entrelaça minha autobiografia com a de fatos que marcaram a história da música popular mundialmente.

TB - É difícil viabilizar um show dessa magnitude, com músicos de qualidade e tecnologia de shows que acontecem na Broadway, em Nova York?
ZO - Sim, é muito difícil, TB! Fazer parte de um vanguardismo na produção de grandes espetáculos musicais em nosso Estado, sobretudo, em Aracaju, demanda risco e coragem. Um dos grandes desafios que ao longo dos anos venho tentando conscientizar o público que acompanha meu trabalho, é o da criação de uma cultura de temporada artística, assim como existe no maior polo cultural do país, o eixo Rio-SP, o que permite que, além de se cobrir os custos de uma produção como esta, o espetáculo tem a possibilidade de atingir seu nível de maturação, o qual, fica impossibilitado, pela realização de uma única apresentação, como normalmente acontece na maioria das produções em nosso Estado. Pela primeira vez, em toda minha carreira, estou dando esse passo, com a estreia do espetáculo marcada para dois dias de apresentações. Torço que tenhamos sucesso nessa nova iniciativa.

TB - Durante a concretização de mais um projeto na sua carreira, qual o momento que mais lhe gratifica?
ZO - O momento, mais gratificante para o artista, sem dúvida, é quando, durante e ao final do espetáculo, recebe o reconhecimento e aplauso do público, na medida que, pela reação do público, ele percebe que a mensagem que gostaria de transmitir foi absorvida e, certamente, eternizada.

TB - Como você administra seu tempo como cantor, compositor, pianista, preparador vocal e regente de coros, e ainda sonhar e realizar grandes produções artísticas?
ZO - Tenho o privilégio, TB, de vivenciar, por completo e diariamente, a vocação de minha vida e do meu coração - A Música. Por essa razão, não consigo enxergar a diversidade das ações que envolvem meu trabalho de forma setorizada! Pra mim, tudo soa criativo! Seja lecionando, compondo, arranjando, tocando, cantando, no palco, ou produzindo um novo espetáculo, encaro como um leque de oportunidades para que eu possa manifestar meus sentimentos mais profundos. Além disso, a principal razão que me motiva acordar todos os dias para trabalhar com música, é ter a certeza de atendi ao meu chamado vocacional, esforçando-me, diariamente, para servir cada vez mais e melhor ao bem comum.

TB - O que significa para você, ser um dos voluntários do Instituto Salto Quântico, fundado e presidido pelo médium e orientador espiritual Benjamim Teixeira de Aguiar?
ZO - Benjamin Teixeira de Aguiar foi e é um divisor de águas em minha vida! Tenho-o como o maior exemplo de Cristianismo autêntico, na Terra. Por essa razão, trago em minha consciência a responsabilidade de, como artista negro e LGBT, ser um repercutidor da mensagem libertadora, de quebra de preconceitos, busca da espiritualidade e felicidade, ensinados pelo Instituto Salto Quântico.