TB Entrevista Tatiana Cobbett

A compositora, cantora, bailarina e poeta, Tatiana Cobbett está em Aracaju mais uma vez. Além de rever amigos e parceiros, Tatiana lança “Bem Sabia” seu nono single do “Projeto Lá e Cá”, uma composição de Joubert Moraes e Marco Preto. O evento, intitulado “Sergipanidades”, acontece dia 13/12/22, às 19h, no Espaço Cultural Alquimia e será marcado por várias comemorações: o lançamento do clipe e do single “Bem Sabia”, a exposição fotográfica “Intervenção Cara de Meia – Brasilidade Sergipana” da fotógrafa Tanit Bezerra com a modelo/performance, Tatiana Cobbett, o aniversário de 75 anos de Joubert Moraes, e o aniversário de um ano do Alquimia Cultural, espaço super bacana que agrega livraria, cafeteria e cinema, onde acontece o evento. O single traz ainda a parceria com artistas da cena musical do Brasil e de Portugal, como Rodrygo Besteti e Júlio Rêgo, de Aracaju, Rafael Calegari, de Florianópolis e Rogério Pitomba, de Lisboa.

Bailarina formada pelo Teatro Municipal do Rio de Janeiro e curso de extensão pela Juilliard School (NY), 13 anos atuando na Cia Balé Stagium/SP. Canto popular pela Fundação Oswald de Andrade (SP). Com 02 livros de poemas publicados e várias participações em publicações literárias, 05 CDs gravados, 8 singles, dezenas de concertos no Brasil, América Central, América Latina, alguns países da Europa e uma vasta atuação de mais de 20 anos.

Consolidou sua trajetória na música brasileira trabalhando o autoral, fomentando parcerias e atuando fortemente na arte independente. Uma artista multi-facetada e neste sentido sempre procurou acrescentar um olhar pesquisador e crítico, bebendo em variadas fontes e misturando linguagens na sua atuação e processo de criação. Para saber mais sobre a artista acesse www.tatianacobbett.com - https:// www.instagram.com/tatianacobbett/

THAÏS BEZERRA - Como surgiu o Projeto Residência Artística Lá e Cá?
TATIANA COBBETT - Com 22 anos de atuação na música, 5 álbuns lançados e sempre com foco na arte independente e no fortalecimento da música autoral, achei que era o momento de abrir asas e buscar outras oportunidades, outras parcerias, outros aprendizados. Pensei em Portugal e três pontos foram importantes pra esta decisão: primeiro pelo resgate (meu avô era português), segundo por Florianópolis (minha base no Brasil) é colonizada por Açorianos e guarda uma imensa identificação, sendo considerada a Décima Ilha do Arquipélago dos Açores e terceiro sendo eu compositora/poeta, a língua é fato primordial na minha expressão e assim vi Portugal como um destino que afinava com meus anseios. Deste combo surge o Projeto Residência artística - Lá e Cá, uma travessia onde a partir das minhas experiências, descobertas, encontros e capacidade produtiva eu tivesse a oportunidade de criar uma ponte entre os dois continentes: Brasil/Portugal

TB - Qual a importância das parcerias em seu trabalho musical?
TC - Acredito verticalmente que Parceria é o caminho para se construir, refletir, criar, transformar, o outro é o espaço onde podemos nos encontrar e estar juntos fortalece, principalmente no campo da arte/cultura. Então sim. Parcerias são quase que o resultado do meus fazeres.

TB - Estar no palco te alimenta, como foram os anos de pandemia pra você?
TC - Pandemia o Terror que se instalou… foi algo que nos mudou para o bem e para o mal. Mas quando pensamos em arte e /ou especificamente sobre este lugar de produtividade artística, acho que foi um período em que tudo era tão terrível e fatal que na contraposição nos permitiu buscar respiro e, particularmente, descobri outras potencialidades e consegui produzir bastante.

TB - Com 22 anos de carreira musical, o que continua movendo você?
TC - Arte é o que me move, sou uma crédula nesta ferramenta e sou incansável, sempre procurando aprender e apreender. Entendo como profissão e como tal e qualquer outra precisa de dedicação.

TB - Inquieta e produtiva como é, quais os projetos futuros?
TC - O Projeto Residência artística Lá e Cá foi desenhado para acontecer ao longo de 5 anos, gerando alguns produtos: um álbum fonográfico (dia 13 de dezembro estarei lançando meu nono Single), um livro de poemas (ainda em processo) e as performances presenciais e sustentáveis que venho fazendo seguindo o caminho do fazer independente, da autoria e das construções de parcerias. Então não paro de lidar buscando o futuro como um ponto de chegada.

TB - Mensagem e convite para seus conterrâneos
TC - Nossa!! Quero é Casa cheia!!!! Minha afinidade com Aracaju/Sergipe é algo que não se aplica a explicação. São muitos anos de trocas, compartilhamentos, tantos amigos /irmãos… verdadeira e legítima fonte de inspiração… Venham!!! Só venham….!!! Beijares artes.