“A expectativa para o período junino está em média de 30% de ocupação”

JC MUNICÍPIOS - Quais são as expectativas do setor hoteleiro de Sergipe para essa época de tradição de festejos juninos no Estado este ano? Qual a taxa de ocupação estimada para esse mês de junho?

ANTÔNIO CARLOS - O São João é uma das três datas mais importante do ano para a hotelaria, juntamente com o Réveillon e Carnaval, porém, a expectativa deste ano é baixa, devido ao enfrentamento à pandemia da covid-19 e aos cumprimentos de decretos que restringem a circulação de pessoas. A expectativa para o período junino (São João e São Pedro) está em média de 30% de ocupação. No geral, para o mês de junho essa média pode ser ainda menor.

JC MUNICÍPIOS - De que forma a ausência dos festejos juninos no Estado tem impactado no setor hoteleiro?

ANTÔNIO CARLOS - Fazendo um comparativo aos anos anteriores, no período de festejos juninos, principalmente, nos feriados de São João e São Pedro, tínhamos uma média de 90% de ocupação do setor hoteleiro. Hoje, se alcançarmos uma ocupação de 40% é considerado um número muito elevado. Isso demonstra um grande impacto na diferença da média de ocupação. O impacto é muito grande, porém, entendemos que trata-se de uma crise nacional, internacional do turismo.

O turismo foi um dos setores mais impactados pela pandemia, entretanto, com a chegada de um número maior de vacinas, como a gente tem acompanhado, podemos enxergar um segundo semestre com mais esperança, porque a esperança do turismo é a vacina. Praticamente, o turismo de lazer não existe mais no estado. Os hotéis que estão em funcionamento, na maioria, estão atendendo ao turismo corporativo.

JC MUNICÍPIOS - Que tipo de medidas os empresários (donos de hotéis) estão adotando para continuar atraindo os turistas com a ausência da festa pública?

ANTÔNIO CARLOS - Em virtude da vacina, estamos vislumbrando um segundo semestre com mais esperança para o setor hoteleiro, porém, no momento e para o São João, a grande maioria dos hotéis estão investindo em mídias sociais. Uma das propagações nas mídias está relacionada aos protocolos de segurança, que são certificados pelos selos que a maioria dos hotéis atendem.

São dois selos: o selo da Abih/SE, “Hotel Seguro” e o selo do Ministério do Turismo “Turismo Responsável, Limpo e Seguro”. Provavelmente, a partir do segundo semestre, com o advento das vacinas e com a melhora do cenário, a Abih/SE inicie o calendário de divulgação do estado, mas por enquanto, para o São João, a maioria dos hotéis estão investindo em mídias sociais para tentar atrair os turistas, principalmente, neste arco de 600 km, que estão os turistas que utilizam a malha rodoviária

JC MUNICÍPIOS - O Estado tem feito algo para o setor, no sentido de mitigar os impactos causados com a ausência dos festejos juninos?

ANTÔNIO CARLOS - Atualmente não temos nenhuma ação que venha mitigar essa ausência, essa baixa de ocupação. O que existe é uma parceria firmada com o Estado, um convênio para divulgar o destino de Sergipe, porém, essa parceria está suspensa em virtude da pandemia, todavia, quando a situação melhorar, creio que no segundo semestre iniciaremos essa ação, principalmente, com operadoras de turismo.

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