02/10/2024 as 09:49

GOLPE

Em Sergipe, 19% perderam dinheiro com golpes online

Estado é terceiro entre os com menor incidência desse tipo de crime

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Em Sergipe, 19% perderam dinheiro com golpes online

Entre os moradores de Sergipe, 19% disseram ter perdido dinheiro nos últimos 12 meses em algum crime cibernético, como clonagem de cartão, fraude na internet ou invasão de contas bancárias, abaixo da média nacional, de 24%. Os dados são da pesquisa Panorama Político 2024, do DataSenado em parceria com a Nexus. Essa é a maior pesquisa sobre o tema feita no Brasil. Entre os dias 5 e 28 de junho, foram entrevistados 21.808 brasileiros de todas as 27 unidades da Federação. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro média nas respostas para dados nacionais foi de 1,22 ponto porcentual. No ranking geral das unidades da Federação, Sergipe é um dos estados em que esse tipo de golpe é menos recorrente, ficando em terceiro lugar, junto com o Acre.

O Ceará fica em primeiro lugar (17%), seguido pelo Piauí (18%). Já São Paulo registra a maior incidência, com 30%, seguido por Mato Grosso, com 28%. Apesar das diferenças estaduais, de modo geral, não há um perfil específico de quem sofre golpes digitais. O perfil das vítimas é semelhante às características socioeconômicas dos brasileiros em geral. Por exemplo, 51% das vítimas têm renda familiar de até dois salários mínimos. O indicador é de 49% na população brasileira. Nas faixas etárias, a maior incidência (27%) entre 16 a 29 anos é o mesmo percentual desse grupo na população em geral.

Já as pessoas com 60 anos ou mais são 20% da população e 16% das vítimas desse tipo de golpe. “Os golpes virtuais têm se tornado cada vez mais frequentes e sofisticados, impactando parcela significativa dos brasileiros. Os dados permitem um diagnóstico amplo, que pode apontar possíveis soluções para prevenção e enfrentamento desse problema”, afirma Marcelo Tokarski, CEO da Nexus. Para José Henrique Varanda, coordenador da pesquisa e analista do DataSenado, o levantamento permite compreender melhor a dimensão desse tipo de crime na população brasileira e pode servir como base para elaboração de propostas. “Outro destaque é a representatividade da pesquisa ao trazer dados locais. As estimativas por unidade da Federação são importantes para representação parlamentar do Senado”, afirma Varanda.