16/10/2024 as 14:56

PROTESTO

Servidores do IFS protestam contra descumprimento de acordos de greve

Manifestantes também criticam o novo contingenciamento de recursos da educação, realizado após o fim da greve, apesar de uma reversão parcial dos cortes durante o movimento grevista.

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O Sindicato dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe Sergipe) organizou um ato na manhã desta quarta-feira (16), no Instituto Federal de Sergipe (IFS) – Campus Aracaju, localizado no bairro Cirurgia. O protesto foi realizado devido ao descumprimento dos acordos firmados após a greve de 2024 com o Governo Federal, tanto para os docentes quanto para os técnicos-administrativos em educação.

O ato contou com trabalhadores e trabalhadoras, estudantes da instituição e servidoras e servidores.

Segundo o coordenador geral do Sinasefe Sergipe, Theo Martins Lubliner, as principais reivindicações estão relacionadas à efetivação dos compromissos relacionados aos técnicos-administrativos, como o reconhecimento de saberes e competências, a revisão das questões ligadas aos aposentados e a readequação da nova carreira, que foi acordada durante a greve. “O governo elaborou uma minuta de projeto de lei, mas deixou de fora pontos fundamentais para os técnicos administrativos”, disse Lubliner.

Os manifestantes também criticam o novo contingenciamento de recursos da educação, realizado após o fim da greve, apesar de uma reversão parcial dos cortes durante o movimento grevista. “Durante a greve, conseguimos liberar mais de 200 milhões de reais, mas, após o fim da paralisação, o governo contingenciou novamente parte do orçamento da educação”, acrescentou o coordenador.

Lubliner lembrou que o governo havia se comprometido a formar um grupo de trabalho para discutir as demandas dos professores em até 60 dias após a greve, mas esse grupo só começou a funcionar quase três meses depois.

O protesto tem como objetivo pressionar o governo a cumprir integralmente os acordos que levaram ao fim da greve, além de garantir a liberação dos recursos bloqueados, essenciais para o bom funcionamento das instituições de ensino.