29/05/2025 as 14:59
UNIVERSIDADE PÚBLICASindicato ainda afirma que as consequências são devastadoras
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
O Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação da Universidade Federal de Sergipe (Sintufs) denunciou o atual quadro orçamentário da UFS. Em nota, o sindicato afirma que a UFS vive um cenário alarmante devido à insuficiência dos repasses federais. Apesar do anúncio feito pelo ministro da Educação, Camilo Santana, em Brasília, nesta segunda-feira, 27, sobre a regularização dos recursos de custeio referentes aos meses de janeiro a maio, o Sintufs aponta que o colapso orçamentário persiste nas universidades e institutos federais de todo o país, incluindo a UFS.
Durante reunião com a coordenação do Sintufs nesta terça-feira, 28, o reitor da UFS, André Maurício, confirmou que a universidade está em situação financeira crítica. A gravidade foi também reconhecida pelo pró-reitor de Administração da UFS, na semana passada, em atividade realizada com o sindicato: faltam recursos para despesas básicas, os contratos com empresas terceirizadas estão sendo pagos com atraso, fornecedores não estão recebendo, e a universidade chegou a acumular dívidas com a conta de energia elétrica a ponto de ter recebido visita da concessionária para efetuar o corte.
"Trabalhadores e trabalhadoras terceirizados(as) estão recebendo salários e benefícios com atraso, como auxílio-alimentação e auxílio-transporte. O Sintufs tem recebido dezenas de denúncias sobre os atrasos e também sobre práticas de assédio moral sofridas por esses profissionais, situação agravada pela precarização das condições de trabalho e pela negligência do poder público", informa a nota. De acordo com o reitor, a administração busca garantir o pagamento dessas empresas, mas sem orçamento suficiente, isso tem se tornado inviável.
Ainda segundo o Sintufs, a UFS opera no limite após não receber repasses do governo federal neste mês de maio, sem previsão de regularização. O sindicato denuncia que a falta de recursos pode levar à suspensão das atividades e afetar diretamente serviços como os hospitais universitários, pesquisas e a formação de estudantes.