06/04/2025 as 09:38
ENTREVISTANa SP-Arte 2025, ela apresenta três trabalhos — compostos por oito telas em formatos polípticos e dípticos —, que desafiam o olhar sobre o cotidiano.
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Nesta semana, a artista sergipana Tathyana Santiago desembarcou em São Paulo para a sua estreia na SP-Arte, a principal feira de arte na América Latina. A 21ª edição do evento acontece até este domingo, 6 de abril, no Pavilhão da Bienal do Ibirapuera, e reúne os grandes nomes da arte contemporânea. Antes de embarcar, ela conversou conosco sobre a sua trajetória e a importância dela representar o nosso Sergipe em um evento de projeção internacional. Na SP-Arte 2025, ela apresenta três trabalhos — compostos por oito telas em formatos polípticos e dípticos —, que desafiam o olhar sobre o cotidiano.
JC SOCIAL – Como as artes plásticas entraram na sua vida?
TATHYANA SANTIAGO - Sou arquiteta de formação, mas sempre estive com os dois pés na arte. Sempre estive atraída pelo fazer artístico ao longo da minha história - na infância, adolescência, na universidade e na vida adulta. Estudei de tudo o que se imaginar: pintura, desenho, cerâmica, curadoria de arte, história da arte, do cinema. Na pandemia, resolvi seguir esse caminho de maneira mais profissional. Fechei meu estúdio de arquitetura em Brasília, depois que tive contato com os encontros artísticos do David Cury, que ministrava na Escola de Artes do Parque Lages, no Rio de Janeiro. Ele foi esse guia para fazer o trabalho crescer e ganhar forma de arte contemporânea. Fiz algumas exposições coletivas no Rio e comecei uma parceria importante aqui em Aracaju com a CesArts Galeria, um pilar dentro da dinâmica do mercado de arte em Sergipe. Depois vieram exposições aqui na capital, em São Paulo, na CASACOR SP e na ARTE-PE em Recife. No início desse ano, comecei um novo capítulo com a representação nacional através da WG Galeria que fica em São Paulo, onde também estou em cartaz na exposição coletiva 'Abrir espaço para o infinito', com as artistas Júlia da Mota e a Dolores Orange.
JC SOCIAL - Que trabalhos você levou para a SP-Arte?
TATHYANA SANTIAGO - Apesar de serem oito telas de pintura, são três trabalhos porque elas se apresentam juntas. Esses trabalhos são desdobramentos da exposição que está na WG, 'Abrir espaço para o infinito', onde apresento obras que refletem sobre as interações entre o corpo e o espaço da casa, expondo o invisível que os conectam. Duas obras são inéditas e foram feitas exclusivamente para a SP-Arte. Penso que, quando tudo é silêncio, quando as portas se fecham, os elementos da casa se tornam apoio e extensão de nosso eu mais sincero. E essas telas refletem isso.
JC SOCIAL – O que essa estreia na SP-Arte representa para você?
TATHYANA SANTIAGO - Fico muito entusiasmada. Estamos distantes do centro do mercado de arte, então, o desafio de ser reconhecida pelo trabalho que desenvolvemos é enorme. Existe uma batalha constante e de paciência para conseguir fazer o trabalho circular. É muito impactante para mim, ter meus trabalhos em exposição para um público tão grande, entre grandes artistas que admiro. Acredito que essa participação atrai os olhares do público e do mercado de arte para Sergipe, onde temos grandes artistas.
JC SOCIAL - Onde o público pode apreciar a sua arte?
TATHYANA SANTIAGO – Até domingo, no estande da WG Galeria - G20 - da 21ª edição da SP Arte, no Pavilhão da Bienal do Ibirapuera, em São Paulo. E durante todo o ano, na CesArts Galeria, aqui em Aracaju.