19/10/2021 as 11:14

NACIONAL

Eleição: Lula avança em alianças



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Eleição: Lula avança em alianças

Enquanto Jair Bolsonaro procura um partido para disputar a reeleição, Lula avança nas conversas com as legendas partidárias das quais espera receber apoio.

Segundo um bem informado petista, é pequena a possibilidade de alguma agremiação de centro ou de direita formalizar uma aliança com o PT no primeiro turno. Há boas expectativas, porém, para o segundo turno, sobretudo em relação ao PSD de Gilberto Kassab e ao PL de Valdemar Costa Neto. Espera-se ainda o engajamento de uma parte do MDB, daquele jeito típico do MDB.

Parte dos emedebistas já começa a se agrupar em torno de Lula; parte está colada em Bolsonaro; e parte ainda trabalha pela terceira via ou por uma candidatura própria. Na esquerda, um fato importante a favor do PT foi a decisão do Psol de não lançar candidato a presidente com o objetivo de viabilizar uma frente de esquerda que permita vencer Bolsonaro. “O Psol tem como prioridade a derrota da extrema-direita”, diz a resolução apoiada por quase 57% dos 402 delegados que participaram do 7º Congresso Nacional do Psol, no último dia 25. Essa frente, claro, se daria em torno de Lula. “Candidatura própria não está descartada”, disse ao blog o presidente do partido, Juliano Medeiros. “Mas temos agora uma decisão tomada, que é de trabalhar pela unidade da esquerda.

Defendi a resolução aprovada no congresso e agora vamos nos esforçar para colocá-la em prática”. Na prática, adiar a decisão sobre candidatura própria contribui para enfraquecer a ideia, que voltará à discussão em uma conferência eleitoral a ser realizada no primeiro semestre do ano que vem, em data a ser definida. Juliano entende que, no que se refere à conquista de cargos eletivos, a prioridade do Psol deve ser a ampliação das bancadas de deputados estaduais e federais. No último caso, está em questão o cumprimento da chamada cláusula de barreira.

Para receber os recursos do fundo partidário e ter acesso à propaganda no rádio e na TV, cada partido precisará ter no mínimo 2% dos votos válidos para a Câmara dos Deputados em todo o país, com pelo menos 1% em nove estados. A cláusula de barreira não assusta o PSB, um partido que governa três estados (Pernambuco, Espírito Santo e Maranhão) e há mais de 20 anos supera o índice de 5% dos votos válidos para a Câmara. Mas ali é maior a resistência à aliança com os petistas.