10/06/2022 as 08:34

EDUCAÇÃO

Belivaldo encaminha projeto para pagar 14º à Educação

Sindicato dos Professores afirma que recursos tinham “sobrado” em 2021

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Belivaldo encaminha projeto para pagar 14º à Educação

O governador Belivaldo Chagas (PSD) contou que vai encaminhar para a Assembleia Legislativa o projeto de lei que cria o 14º salário em forma de abono para os trabalhadores da Educação. Após o anúncio, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipe (Sintese) rebateu informando que a medida está sendo tomada em virtude da luta da categoria. “Seis meses depois, governo anuncia, de forma manipulada, o rateio dos recursos”, expôs.

Pelas redes sociais, o governador registrou ainda que o projeto deve beneficiar cerca de 16 mil servidores. “Entre professores, merendeiras, executores de serviços básicos, auxiliares administrativos e vigilantes”, comunicou. Porém, rebatendo o anúncio de Belivaldo, Roberto Silva, presidente do Sintese, destacou ser fruto dos estudos e luta desde 2021.

De acordo com Roberto Silva, o Sintese apurou no final do exercício uma sobra de R$ 340 milhões na Secretaria de Estado da Educação. “Fizemos atos, cobramos do governo, tivemos audiência no Tribunal de Contas do Estado e o Congresso Nacional autorizou que esse recurso seja gasto até dezembro. O governador tem que gastar o recurso, por isso o anúncio do 14º salário, é fruto da nossa luta”, explicou.

Ainda segundo Roberto Silva, desde o final do ano que a categoria revela a sobra dos recursos, inclusive em um encontro com o governador e dirigentes do Sintese. “Mas até hoje não tocou no assunto. Agora faz a propaganda como se fosse algo inédito. Além disso, esses recursos que sobraram em 2021 são frutos da falta de política de valorização dos trabalhadores da Educação, seja no sentido de pagar a atualização do piso para o magistério, seja em uma melhor remuneração para os demais trabalhadores”, afirmou o presidente do Sintese.

Para o Sintese, “seis meses depois, o Governo do Estado anuncia, de forma manipulada, o rateio dos recursos da Educação”. “Esses recursos são dos trabalhadores da Educação da ativa, pois Fundeb custeia os salários das professoras e professores que estão lotados nas escolas e a MDE custeia os salários dos integrantes do magistério que trabalham nos órgãos ligados à Seduc. Por esse motivo, os aposentados e pensionistas não são contemplados com o rateio”, concluiu.

|Por Mayusane Matsunae
||Foto: Divulgação