“Os problemas de Aracaju não podem mais ser ignorados”, Candisse Carvalho

O PT vai às urnas em Outubro próximo com disposição para buscar a vitória na disputa da prefeitura de Aracaju. Pelo menos é assim que pensa a pré-candidata Candisse Carvalho. “Estamos confiantes de que, com o apoio do povo e o comprometimento dos nossos aliados, podemos sim sair vitoriosos das urnas em outubro próximo. O partido dos trabalhadores e suas alianças têm um projeto sólido e inclusivo para Aracaju”, comentou em entrevista ao Jornal da Cidade. Candisse aposta que essa será uma eleição histórica, onde as mulheres estão assumindo um papel central na construção do futuro de Aracaju. “Mulheres têm uma perspectiva única e uma sensibilidade especial para lidar com os desafios que enfrentamos”. A pré-candidata petista garante que conhece os problemas da capital dos sergipanos e tem soluções para eles. Destacou Bugio, Soledade, Santa Maria, Santos Dumont, Veneza, 18 do Forte, Cidade Nova como bairros cheios de problemas, mas lembrou que há muitos outros espalhados no espaço territorial de Aracaju. A seguir os principais trechos da entrevista:

Por: Eugênio Nascimento

JORNAL DA CIDADE - Por que a senhora deseja se candidatar à Prefeitura de Aracaju?
CANDISSE CARVALHO - Quero ser pré-candidata a prefeita de Aracaju porque acredito que podemos construir uma cidade melhor, mais acolhedora, e mais humana para todos. Acredito na política como instrumento de transformação. Estou motivada a fazer mudanças reais que impactem positivamente a vida de cada cidadão. Quero ser uma voz para os que não são ouvidos, uma defensora dos direitos de todos os moradores da nossa cidade. Juntas e juntos, podemos criar uma cidade mais justa, inclusiva e próspera. Vai ser uma jornada de muito trabalho, entrega e amor.

JC - O que diferencia a senhora dos demais pré-candidatos?
CC - Já vivi de perto os problemas que persistem em nossa cidade. Sei o que é andar de ônibus lotado na linha Augusto Franco Bugio, frequentar o posto de saúde e feira do Augusto Franco. Já presenciei os desafios dos moradores do Santa Maria durante desabamentos. Conheço cada cantinho de Aracaju, desde o Sovaco da Gata até as ruas do loteamento Bonfim. Morei em diferentes bairros, como Centro, Farolândia, Coroa do Meio, e subi diariamente as ladeiras do bairro Cidade Nova. Viver Aracaju, conhecer os quatro cantos da cidade, me dá uma perspectiva única sobre os problemas e desafios que enfrentamos. Estou comprometida em usar essa experiência para transformar nossa cidade e garantir uma vida melhor para a nossa gente.

JC - Essa será a eleição onde as mulheres vão colocar a cara e uma delas sairá prefeita de Aracaju? Por quê?
CC - Com certeza! Esta é uma eleição histórica, onde as mulheres estão assumindo um papel central na construção do futuro de Aracaju. Mulheres têm uma perspectiva única e uma sensibilidade especial para lidar com os desafios que enfrentamos. Nós entendemos as necessidades da nossa cidade e estamos comprometidas em promover mudanças significativas para melhorar a vida de todos os aracajuanos. Chegou a hora de termos uma prefeita que represente verdadeiramente a diversidade e a força das mulheres em nossa sociedade. Juntas, vamos fazer gestão com a caneta e com o coração.

JC - Como a senhora conhece bem os bairros de Aracaju, quais são os mais problemáticos? Por quê?
CC - Conheço Aracaju como a palma da minha mão! Já percorri cada canto dessa cidade, ouvindo as histórias, os anseios e as dificuldades de cada comunidade. Todos os bairros têm suas particularidades, mas alguns enfrentam desafios mais urgentes. Basta andar pelas ruas do Bugio, Soledade, Santa Maria, Santos Dumont, Veneza, 18 do Forte, Cidade Nova, ou qualquer outro bairro da periferia, para ver de perto as dificuldades que as pessoas enfrentam todos os dias: falta de infraestrutura, problemas de saneamento básico, falta de segurança, entre outros. Esses problemas não podem mais ser ignorados. É hora de agir com determinação e colocar em prática políticas públicas eficientes que tragam melhorias reais para essas comunidades. Estou aqui para isso, para dar voz aos que mais precisam e transformar a realidade de todos os bairros de Aracaju.

JC - Quais soluções a senhora tem para resolver os problemas apontados em resposta ao questionamento anterior?
CC - Para resolver os problemas de Aracaju, precisamos de uma abordagem abrangente e inclusiva, que coloque as necessidades das pessoas em primeiro lugar. Isso significa investir nas periferias, onde muitas vezes os problemas são mais urgentes e as comunidades são mais vulneráveis. Além disso, é essencial tornar a cidade mais humana em todas as nossas ações, com políticas que promovam a inclusão social e econômica. Que tenha internet para todos! Tenho muitas ideias na cabeça, mas temos como princípio ouvir as comunidades. Nós do PT valorizamos muito a participação social. Ouvir as pessoas. Por isso, já me comprometo com a volta do Orçamento Participativo, instrumento fundamental de inclusão da população na solução dos problemas da cidade. Sei da importância de um programa que inclua a Tarifa Zero no transporte público, uma medida fundamental para garantir o acesso de todos os cidadãos aos serviços essenciais da cidade. Além disso, uma redução do IPTU pode aliviar o peso financeiro sobre as famílias, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade. Um plano diretor bem elaborado, ouvindo e colhendo a contribuição de todos é crucial para garantir que as obras públicas sejam aplicadas de forma estratégica e eficiente, atendendo às reais necessidades da população. Implementar uma renda básica cidadã e oferecer crédito para microempreendedores com juros zero são iniciativas que podem impulsionar a economia local e reduzir as desigualdades sociais. Quanto à saúde, precisamos expandir o atendimento com a construção de mais uma UPA para desafogar o Nestor Piva e o Fernando Franco, além de ampliar em pelo menos mais 10 UBS’s para atender às demandas da capital. Na educação infantil, queremos investir em mais creches para atender às demandas das famílias. Já nas escolas municipais, é necessário atualizar o currículo escolar, contratar mais professores e garantir segurança nas unidades escolares e redondezas. Para cuidar dos nossos animais de estimação, proponho a criação de uma UPA PET. E, é claro, devemos valorizar nossos servidores públicos, que desempenham um papel fundamental no funcionamento da cidade. Com essas medidas, podemos construir uma Aracaju mais justa, inclusiva e próspera para todos os seus cidadãos.

JC - A senhora tem conversado com os petistas? E com os partidos aliados? O que eles têm lhe dito sobre a sua pré-candidatura?
CC - Primeiramente, quero expressar minha gratidão pela confiança e pelo apoio da militância petista, que acredita na renovação e nos valores históricos do Partido dos Trabalhadores. Valorizo profundamente a composição histórica do PT e respeito suas instâncias partidárias, mantendo-me alinhada com os princípios que sempre nortearam nossa luta por justiça social e igualdade. As conversas sempre vão existir! É importante destacar que tenho sim um lado em relação à posição política, e este lado é o lado de Lula, um líder que representa os anseios e esperanças de milhões de brasileiros por um país mais justo e democrático. Me comprometo a honrar essa trajetória e a lutar incansavelmente pelos direitos do povo, seguindo os princípios éticos e progressistas do PT. Além disso, garanto a representatividade feminina em nosso partido, com o compromisso de promover a equidade de gênero e a reparação racial.

JC - A senhora trabalha a construção da unidade do PT em torno do seu nome? Há alguma resistência?
CC - É verdade que o Partido dos Trabalhadores tem uma natureza de debates e disputas internas, afinal, somos uma legenda democrática que valoriza a diversidade de opiniões e a pluralidade de ideias. No entanto, ao final prevalecem sempre os princípios petistas e a unidade que nos define como partido. O coletivo é a grande beleza do PT, é o que nos torna fortes e resilientes diante dos desafios. Acredito firmemente na capacidade do nosso partido de se unir em torno de um propósito comum, de lutar por uma sociedade mais justa e igualitária. Quanto à minha possível pré-candidatura, até o momento não vi nenhum tipo de resistência ao meu nome. Pelo contrário, tenho recebido apoio e incentivo de diversos setores do partido e da sociedade civil.

JC - O PT e seus aliados têm condições de saírem das urnas vitoriosos em outubro próximo?
CC - Sem dúvida! Estamos confiantes de que, com o apoio do povo e o comprometimento dos nossos aliados, podemos sim sair vitoriosos das urnas em outubro próximo. O Partido dos Trabalhadores e suas alianças têm um projeto sólido e inclusivo para Aracaju, baseado na valorização das pessoas, na justiça social e no desenvolvimento sustentável. Juntos, vamos trabalhar incansavelmente para transformar essa visão em realidade e construir uma cidade melhor para todos!

JC - Caberá aos aliados a indicação do seu vice? Quais são os partidos aliados? Eles têm boas opções para vice?
CC - Sim, a escolha do vice é uma decisão que será tomada em conjunto com nossos partidos aliados, pois valorizamos a construção de uma frente unida e coesa para representar os interesses da população de Aracaju. Temos excelentes parcerias com diversos partidos comprometidos com nossos ideais e com experiência na gestão pública. O segredo das articulações também contribui para a composição de uma frente competitiva e progressista no campo da esquerda. Estamos confiantes de que, juntos, encontraremos a melhor opção para compor nossa chapa e fortalecer nossa pré-campanha rumo à vitória.

JC - A senhora prefere vice mulher ou homem? Por quê?
CC - Este não é o fator determinante para nós. O que buscamos é uma pessoa comprometida com os mesmos ideais e valores que defendemos, alguém capaz de contribuir com experiência, competência e sensibilidade para resolver os problemas da nossa cidade. Vamos avaliar todos os aspectos e escolher a melhor opção, seja homem ou mulher, que esteja alinhada ou alinhado com nossa visão de gestão e represente os interesses da população de Aracaju da melhor forma possível.