22/07/2024 as 09:30

ENTREVISTA

“O Novo terá grande sucesso tanto na disputa majoritária quanto nas proporcionais”

De acordo com José Paulo, a legenda que integra é de direita e não deve fazer aliança com qualquer agremiação de esquerda.

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Por Mayusane Matsunae

Esta é a primeira vez que José Paulo vai participar de uma disputa eleitoral. Filiado pelo partido novo desde o início do ano, ele está como pré-candidato à prefeitura de Aracaju. Nesta entrevista para o Jornal da Cidade, ele contou sua experiência com a gestão pública e como isso deve ajudá-lo no desempenho da administração municipal. De acordo com José Paulo, a legenda que integra é de direita e não deve fazer aliança com qualquer agremiação de esquerda. Para esta eleição de 2024, o partido deve “caminhar sozinho”. Confira o conteúdo completo:

JORNAL DA CIDADE - O senhor já disputou algum mandato eletivo? Por que decidiu ser pré-candidato à Prefeitura de Aracaju?
JOSÉ PAULO – Não, é a primeira vez que participo de uma disputa eleitoral. Fui convidado pelo Partido Novo e fiquei impressionado com a qualidade das propostas que defendem e a preocupação com a decência na política.

JC – Qual a sua experiência com gestão pública?
JP – Sou procurador do Estado de Sergipe desde 1998, e a solução dos problemas da Administração estadual passa por lá, sejam eles relacionados à saúde, educação, segurança, tributação ou quaisquer outros. Também tive a oportunidade de chefiar a Delegacia de Combate aos Crimes Ambientais e ao Patrimônio Histórico, na qualidade de Delegado da Polícia Federal, na Superintendência da Polícia Federal no Amazonas.

JC – O que acredita que pode fazer por Aracaju?
JP – Não há nenhum serviço público bem prestado pelo município: faltam remédios em postos de saúde; as filas para exames são intermináveis; o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) é vergonhoso. Entre as 26 capitais, Aracaju é a 21ª, porque os alunos sequer aprendem a ler ou fazer contas básicas; a Guarda Municipal está sucateada com um efetivo abaixo do mínimo; não há concursos públicos e as secretarias são tocadas por ocupantes de “cargos em comissão”, contrariando o mandamento constitucional. Também não há um plano de carreira adequado para a maior parte dos servidores, que estão bastante insatisfeitos; e as parcas verbas que deveriam fomentar a cultura, exaltando a identidade cultural aracajuana, são destinadas a custear shows de artistas famosos sem qualquer identidade conosco. É preciso reverter esse quadro. Impor uma gestão eficiente e transparente, que começa pela escolha de pessoas qualificadas ao exercício das funções para as quais forem designadas. Um adequado planejamento das compras e convênios com a rede privada de saúde para utilização de seus equipamentos em horários nos quais estejam ociosos. A valorização dos profissionais de educação, escolha do material didático adequado e prévia preparação de modelos de planos de aula. A ampliação da Guarda com abertura de concurso que, inicialmente, dobre o seu efetivo atual – de 430 para 860 aproximadamente). A abertura de concurso público amplo para substituição dos comissionados por efetivos (mantendo um percentual máximo de 10% para os cargos em comissão). O aumento do orçamento da cultura e a criação de centros culturais espalhados pela cidade, para citar alguns exemplos.

JC – Nesta fase de pré-campanha, como está sendo a sua atuação?
JP – A dificuldade de quem entra pela primeira vez em um pleito eleitoral é chegar ao eleitor para se apresentar e apresentar as suas propostas. O que tenho tentado fazer, sobretudo com o uso do Instagram (@zepauloleao), é me expor, tanto quanto as minhas ideias e as do partido a que pertenço.

JC – E porque o partido Novo? Quando o senhor ingressou nos quadros de filiados da legenda?
JP – O Partido Novo é diferente de todos os outros. Tem a ética, a honestidade e a liberdade como princípios inegociáveis. Posiciona-se com clareza e coerência sobre todos os temas e “desenvolveu” um caderno de políticas públicas baseadas em evidências (aquelas já testadas e que deram certo), que vem orientando a atuação excepcional dos seus gestores – sendo exemplos o Governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e o Prefeito de Joinville, Adriano Silva. Ingressei em suas fileiras no início do ano, após o convite para disputar as eleições municipais.

JC – Com relação à sua chapa, já existe um nome para a vice-prefeitura? Qual seria? Por quê?
JP – Alguns nomes estão cogitados, em virtude da identidade com as propostas do Novo, capacidade técnica e política e disposição para enfrentar os desafios que uma gestão municipal apresenta, mas ainda não há definição.

JC – O Novo pretende fazer aliança com algum partido? Quais? Por quê?
JP – O Novo é um Partido de direita, que não se alia a qualquer agremiação de esquerda, por óbvio, mas não é contrário a alianças com outros partidos do mesmo espectro de ideias. Para estas eleições de 2024, deve caminhar sozinho.

JC – Como o senhor analisa o cenário político para as eleições em Aracaju?
JP – As eleições estão completamente indefinidas; ainda não estão no radar da população, a despeito da movimentação dos pré-candidatos. Acredito que, conseguindo apresentar-se ao eleitor, o Novo terá grande sucesso tanto na disputa majoritária quanto nas proporcionais.

JC – Por fim, para ajudar o nosso leitor: quem é José Paulo?
JP – Sou um homem comum: católico, casado há 18 anos, pai de 3 filhos, patriota, que acredita na família como meio de formação de uma sociedade saudável e disposto ao sacrifício para promover o bem da Cidade de Aracaju.