11/09/2024 as 16:43

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

“Sergipe tem a segunda pior taxa de mortalidade materna do Brasil” denuncia Linda Brasil

De acordo com a associação, 98,2 mulheres morrem no estado a cada 100 mil partos de crianças que sobreviveram.

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“Sergipe tem a segunda pior taxa de mortalidade materna do Brasil” denuncia Linda BrasilDivulgação

Durante a sessão legislativa dessa quarta-feira (11), a deputada estadual Linda Brasil (Psol), líder da oposição, usou a tribuna para denunciar o grave problema da mortalidade materna em Sergipe. O estado tem a segunda maior taxa de mortalidade materna do Brasil, ficando atrás apenas de Roraima. Os dados foram divulgados pelo Observatório Umane, com base em informações do Sistema Único de Saúde (Datasus).

“Não é a primeira vez que eu venho aqui denunciar que os dados sobre mortes maternas em Sergipe são alarmantes. A saúde do estado precisa de um choque de gestão. É muito triste saber que em um estado pequeno como o nosso tantas mulheres morrem por falta de pré-natal, por desassistência do estado que não investe na saúde da mulher, até quando vamos ser o segundo pior estado do Brasil em mortes maternas, quantas mulheres mais terão que morrer para que o estado tome uma providência efetiva?”, questionou a deputada.

De acordo com a associação, 98,2 mulheres morrem no estado a cada 100 mil partos de crianças que sobreviveram. Sergipe só tem uma média melhor que o estado de Roraima (145,1). O pré-natal faz parte da rede cegonha, instituída pelo Governo Federal que deve ser gerida pelos estados e municípios. “Essas são mortes evitáveis, mas para reverter esse quadro é necessário que governo atue junto aos municípios para facilitar e ampliar o acesso de mulheres grávidas ao pré-natal. É urgente que a secretaria estadual de saúde atue com seriedade para preservar a vida das nossas mulheres”, cobra a deputada.

Descaso com as pacientes de fibromialgia

Linda também denunciou o descaso no cumprimento da lei que garante às pessoas com fibromialgia os mesmos direitos de pessoas com deficiência em Sergipe. Ela relatou o caso de uma moradora de Nossa Senhora do Socorro que teve seu atendimento prioritário negado. Além disso, a deputada cobrou uma correção no sistema eletrônico da saúde, que não reconhece corretamente os códigos de fibromialgia e transtorno do espectro autista (TEA) como preferenciais, mesmo após solicitações à Secretaria de Saúde.