Aumento da abstenção marca eleição para Prefeitura de Aracaju

Fernanda Spínola
ESTAGIÁRIA DA EQUIPE JC*

O segundo turno da eleição para a prefeitura de Aracaju, vencido por Emília Corrêa (PL) com 57,46% dos votos, trouxe à tona uma disparidade nas abstenções e nos votos brancos e nulos em relação ao primeiro turno. O aumento da abstenção de 21,14% no primeiro turno para 25,16% no segundo revela um distanciamento de parte do eleitorado em relação aos candidatos que disputaram a decisão final.

Luiz Roberto, adversário de Emília, obteve 42,54% dos votos, mas os dados destacam que muitos aracajuanos optaram por não participar do processo ou anular seu voto. A comparação entre os dois turnos mostra um aumento considerável na abstenção, com uma diferença de 4,02%. Isso representa milhares de eleitores que, ao longo do processo, decidiram não comparecer às urnas. 

Votos Nulos e em Branco

No primeiro turno, os votos nulos somaram 16.071 (4,89%), enquanto os votos em branco foram 8.840 (2,69%), totalizando 7,58% do eleitorado. No segundo turno, os votos nulos caíram ligeiramente para 15.464 (4,96%) e os votos em branco diminuíram para 7.537 (2,42%), totalizando 7,38%. Embora tenha ocorrido uma pequena redução, o índice de votos nulos e em branco se manteve alto, refletindo um quadro de descontentamento e apatia entre os eleitores.

A abstenção crescente e o aumento dos votos nulos e em branco no segundo turno evidenciam um cenário de insatisfação e de divisão política. A nova prefeita eleita terá a missão de enfrentar essa fragmentação e encontrar maneiras de construir uma gestão representativa para a sociedade aracajuana.

*Texto supervisionado pela jornalista Mayusane Matsunae.